A defesa do tenente-coronel João Silva, um dos quatro militares presos na última semana por envolvimento no planejamento de golpe de Estado, prestou depoimento nesta quinta-feira (28) à Polícia Federal. De acordo com a defesa, o militar decidiu colaborar com as investigações.
Preso no Rio de Janeiro, Silva participou de oitiva com o delegado do caso, que está em Brasília, por videoconferência. O depoimento começou às 14h.
De acordo com o advogado Leonardo Santos, a intenção do militar é esclarecer todos os questionamentos que lhe forem feitos. Já na próxima sexta-feira (29), a defesa vai participar de uma coletiva de imprensa para comentar o caso.
A investigação da PF aponta que Silva e o general da reserva Carlos Oliveira; os tenentes-coronéis Luís Henrique Silva, Rafael Martins de Oliveira e o policial federal Wladimir Matos Soares participaram de uma trama que tinha como objetivo evitar a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em janeiro de 2023.
Para isso, o grupo de militares e outros envolvidos chegaram a planejar o assassinato de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O militar foi detido há 10 dias, porém não está entre os 37 indiciados pela PF na última quinta-feira (21), por tentativa de golpe de Estado após as últimas eleições presidenciais.
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