O estado do Tocantins registrou um aumento de 36% nos casos confirmados de doenças transmitidas por arbovírus, como dengue, zika e chikungunya, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Até o momento, foram confirmadas mortes em cinco municípios (Araguaína, Brejinho de Nazaré, Peixe, São Salvador e Taguatinga), enquanto outras duas estão sob investigação, em Palmas e Tabocão. Os pacientes diagnosticados estão distribuídos em 115 municípios do estado.
Com o início do período chuvoso, autoridades de saúde alertaram para o risco de proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor dessas doenças, devido ao acúmulo de água parada, ambiente propício para o desenvolvimento das larvas. Em Palmas, o índice geral de infestação está abaixo de 1%, conforme recomendado pelo Ministério da Saúde, mas algumas regiões superam esse limite. A identificação de larvas em residências tem sido o principal indicador para calcular a infestação.
Segundo Lara Betânia Araújo, coordenadora de controle vetorial, o ciclo de vida do Aedes aegypti é rápido, levando apenas dez dias para completar sua metamorfose de ovo a mosquito adulto. Isso facilita a transmissão rápida da doença.
A questão da dengue é uma epidemia nacional, e o país voltou a sofrer com essa doença após o golpe de Estado. O sistema público de saúde, afetado pela política neoliberal, não consegue mais prevenir a dengue. Todas as mortes devem ser atribuídas aos banqueiros, que saqueiam o orçamento da saúde pública. A única política correta é parar imediatamente o pagamento da dívida pública e investir em saúde.