Apenas 21 dos 93 deputados da bancada do PL na Câmara saíram em defesa de Bolsonaro na rede social X 24h após o indiciamento dele pela Polícia Federal (PF) por atuar na tentativa de golpe de Estado.
No Instagram, a taxa é superior: 41 deles (44%) publicaram algum tipo de apoio ao aliado.
De acordo com o Estadão, que fez o levantamento, o descontentamento desses aliados se dá por dois motivos.
O primeiro pelo fato do ex-presidente não retribuir às demonstrações de lealdade e, o segundo, por ter dado preferência a candidatos do Centrão em detrimento de “bolsonaristas raiz” nas eleições municipais.
O jornal diz que a mobilização em torno de Bolsonaro foi considerada por um de seus aliados como protocolar, ‘para fingir que se importam’”.
“O tom usado por parlamentares do PL sobre o ex-presidente vem mudando se comparado com a postura adotada durante o governo Bolsonaro (2019-2022), de profunda deferência”, atesta.
Parlamentares relataram ao jornal, em anonimato, que “falta reciprocidade de Bolsonaro na hora de defender seus aliados acossados por investigações, o que tira deles disposição para ombrear o líder em momentos como os mais recentes”.
De acordo com a reportagem, um deputado da tropa de choque de Bolsonaro na Câmara afirmou que as queixas com o ex-presidente têm sido assunto recorrente nas rodas de conversa da bancada.
“Alguns deles cogitam que, caso Bolsonaro permaneça inelegível na próxima eleição presidencial, uma eventual chapa dos governadores Ronaldo Caiado (União), Goiás, e Romeu Zema (Novo), Minas Gerais, pode receber amplo apoio da direita”.
A CCN divulgou informações da Nexus Pesquisa e Inteligência de Dados revelando que três em cada quatro postagens opinativas feitas nas redes sociais são favoráveis ao indiciamento de Bolsonaro pela PF por tentativa de golpe.
Na rede X 44% são a favor do indiciamento dele, enquanto 32% são neutros 22% são contra.