O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes decidiu, nesta quarta-feira 27, compartilhar os autos da investigação sobre a trama golpista de 2022 com os inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos.
Moraes é o relator das três apurações. Em seu despacho, ele mandou comunicar a decisão à Procuradoria-Geral da República.
Na terça-feira 26, Moraes retirou o sigilo do relatório da Polícia Federal sobre a tentativa de golpe em 2022 e enviou o inquérito à PGR. Cabe agora ao órgão denunciar os indiciados, arquivar o caso ou solicitar novas diligências. A PF indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 36 pessoas pela conspiração para impedir a posse de Lula.
O inquérito das fake news, aberto em 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro, investiga “notícias fraudulentas, falsas comunicações de crimes, denunciações caluniosas, ameaças e demais infrações (…) que atingem a honorabilidade e a segurança do Supremo Tribunal Federal”.
Trata-se de um dos principais meios pelos quais avançaram investigações contra aliados de Bolsonaro. Os alvos do inquérito, por sua vez, questionam sua duração e as decisões sigilosas de Moraes.
Em setembro, o presidente do STF, Luís Roberto Barroso, afirmou não estar distante o encerramento do inquérito. Segundo ele, as apurações “já foram substancialmente concluídas” e boa parte delas chegou ao procurador-geral da República, Paulo Gonet.