Na última terça-feira (26), durante uma reunião da Assembleia Nacional da França, deputados franceses não pouparam palavras para criticar as carnes de origem brasileira.

O parlamentar “nossos agricultores não querem morrer e nossos pratos não são latas de lixo”, assim também acusando o Brasil de não garantir normas sanitárias básicas. 

Durante seu discurso divulgado nas redes sociais (veja o vídeo abaixo), o deputado mencionou achar que o processo de acompanhamento das carnes brasileiras é falha, destacando que o Uruguai seria o único país do Mercosul com controle adequado.

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Em votação na noite desta terça (26), a Assembleia Nacional da França rejeitou por 484 a 70 votos o acordo União Europeia-Mercosul. O resultado só tem valor simbólico, pois os parlamentos nacionais não têm poder na negociação entre os blocos. Na sessão, a carne brasileira foi a maior vilã, citada em vários discursos em termos fortemente pejorativos. 📲Leia mais na Folha: folha.com/economia 🎦 LCP – Assemblée nationale/Reprodução #tiktoknotícias #notícias #folha #folhadesp #folhadespaulo #jornalismo #fyp #fy #noticiasem1minuto #carne #frança #brasil #mercosul #carrefour

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Vincent Trébuchet não foi o único a disparar ofensas ao Brasil, a deputada Helene Laporte, também criticou duramente os meios de produção e ressaltou o uso de antibióticos proibidos pela União Europeia desde 2006. Enquanto o deputado Antoine Vermorel, acusou todo o bloco econômico do Mercosul de utilizar produtos cancerígenos nas carnes exportadas para a Europa.

Já na manhã desta quarta-feira (27), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) respondeu a todas as críticas e comentários durante um evento em Brasília.

“Eu quero que o agronegócio continue crescendo e causando raiva num deputado francês, que achincalhou os produtos brasileiros, porque nós vamos fazer o acordo do Mercosul”, afirmou Lula.

Mesmo a França sendo considerada atualmente como um dos principais opositores do acordo entre os blocos econômicos, o presidente brasileiro acrescentou que “se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam nada. Quem apita é a Comissão Europeia. A Ursula von der Leyen [presidente da comissão] tem procuração para fazer o acordo e eu pretendo fazer o acordo este ano ainda. Nós vamos fazer porque estou há 22 anos nisso e vamos fazer”.

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Last Update: 27/11/2024