O presidente reeleito da Venezuela denunciou nesta terça-feira o “complexo de dominação e interferência” do G7, após os países membros expressarem apoio ao opositor Edmundo González Urrutia, que se declara “presidente eleito” do país.
“A Venezuela rejeita categoricamente o pronunciamento absurdo sobre o processo eleitoral e político venezuelano. Tentam, a partir do complexo de dominação e interferência, preparar o terreno para não reconhecer as instituições e decisões do povo venezuelano”, expressou o ministério das Relações Exteriores.
“Advertimos aos países do G7 que essa atitude intervencionista e desrespeitosa não ficará sem resposta. A Venezuela procederá à revisão integral de suas relações com cada um dos governos que compõem este grupo, porque o respeito à soberania nacional não é negociável”, destaca o comunicado.
Em um tom contundente, o comunicado venezuelano acusou o G7 de agir como “árbitro da democracia global” enquanto, segundo Caracas, encobre seus próprios problemas internos. “Esses países apoiam genocídios e estimulam a propagação de ideologias totalitárias e autoritárias no mundo”, afirma o documento.
A Venezuela respondeu que o grupo tenta recriar um “Guaidó 2.0”, referindo-se a Juan Guaidó, líder da oposição venezuelana que se autoproclamou “presidente interino” em 2019 e que foi reconhecido por dezenas de países.
Em comunicado conjunto, os chanceleres do G7, formado por Estados Unidos, Canadá, Itália, Alemanha, Reino Unido, Japão e França, consideraram González vencedor das eleições de 28 de julho, nas quais o presidente Nicolás Maduro foi proclamado reeleito.