Uma recente investigação revela que um quarto dos presos palestinos em prisões e centros de detenção israelenses foram infectados com escabiose nos últimos meses, devido às condições sanitárias precárias, ventilação inadequada e falta de itens básicos para os detentos.
Segundo o jornal israelense Haaretz, as descobertas do relatório, que cita funcionários do Serviço Penitenciário de Israel, são resultado de uma petição apresentada por organizações de direitos humanos.
O SPI informou que 2.874 prisioneiros contraíram a doença de pele contagiosa no último ano, sendo que 1.704 ainda estão infectados.
A escabiose é causada por ácaros que se alojam sob a pele e põem ovos, provocando erupções cutâneas, irritação e complicações adicionais nos afetados.
Segundo a organização Physicians for Human Rights (PHR), com sede nos EUA, os prisioneiros são privados de máquinas de lavar roupa e não recebem roupas suficientes.
“Dados recentes revelam que 430 prisioneiros nas prisões de Ramon e Nafha estão enfrentando a condição, além de 596 na prisão de Megiddo e 566 na instalação prisional de Ketziot. Além disso, dezenas de casos foram relatados no centro de detenção de Ofer e em outros centros de detenção“, afirmou o grupo em comunicado.
Como resultado do surto de escabiose, o SPI confirmou que várias reuniões com advogados de prisioneiros nas prisões de Nafha e Ramon foram adiadas, e audiências judiciais para prisioneiros afetados foram canceladas.
“Quando pedimos tratamento, disseram que somos terroristas e devemos morrer“, disse um prisioneiro citado pelo Haaretz.