De acordo com suspeitas da Polícia Federal (PF), o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, teria vazado o conteúdo da delação premiada ao general Braga Netto (PL).
Durante mandado de busca e apreensão na sede do PL, a PF encontrou documentos na mesa do coronel Flávio Peregrino, braço direito de Braga Netto, em que havia as perguntas e respostas relacionadas ao acordo de delação.
Os investigadores suspeitam que o texto é de Cid, mesmo que o documento não esteja assinado.
“O conteúdo indica se tratar de respostas dadas por Mauro Cid a questionamentos feitos por alguém, possivelmente do grupo investigado, que aparenta preocupação sobre temas identificados pela Polícia Federal relacionados à tentativa de golpe de Estado”, informa o relatório de investigação.
A suspeita ficou ainda maior porque Cid é investigado por tentar blindar Braga Netto, descrevendo-o como democrata e de não ser golpista.
No documento, Cid disse que perguntaram muito do general Mario, referindo-se a Mario Fernandes, general da reserva que planejou os assassinatos de Lula (PT), Geraldo Alckmin (PSB) e Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A PF encontrou indícios ainda de que os pais de Cid conversaram com Braga Netto três dias após a homologação da delação.
No documento, o autor também cita a minuta golpista e pergunta qual seria a atuação das Forças Especiais em atividades golpistas.
*Com informações do UOL.
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