Incêndio em fazenda brasileira e céu de SP na segunda-feira (9) – Foto: Reprodução

A seca no Brasil tem provocado uma série de problemas que afetam diversas cidades. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 159.411 focos de incêndio de janeiro até agora, representando um aumento de 100% em comparação ao mesmo período de 2023.

O aumento do fenômeno levou 60% do país a ficar coberto por fumaça, principalmente no último fim de semana. A seca, que atinge grandes rios como o Madeira e o Paraguai, também impacta cidades, como São Paulo, onde o Rio Pinheiros ficou verde devido à redução do fluxo de seus afluentes. A capital, na última segunda-feira (9), chegou a ser considerada a cidade mais poluída do mundo.

Áreas de destaque

A maior parte das queimadas registradas este ano ocorreu na Amazônia (50%) e no Cerrado (32%). No mesmo período de 2023, a situação era semelhante, com 52% das queimadas na Amazônia e 33% no Cerrado. A seca atual, mais intensa que a do ano passado, fez com que o número de focos de incêndio se aproximasse das 189 mil ocorrências registradas ao longo de todo o ano de 2023.

Os estados de Mato Grosso, Pará e Amazonas são os que mais registraram incêndios em 2024, assim como no ano anterior. Entretanto, a gravidade dos incêndios aumentou, especialmente na Amazônia, onde a seca se tornou ainda mais severa.

Aumento da poluição

A situação de poluição do ar também se agravou. Segundo a IQAir, empresa de monitoramento de qualidade do ar, cidades como Porto Velho e Rio Branco chegaram a figurar entre as mais poluídas do mundo no domingo (8).

Na segunda-feira (9), o Rio Pinheiros, em São Paulo, ficou verde pela manhã devido à proliferação de algas alimentadas pela carga de esgoto e pela falta de água.

Em Goiás, a situação não é diferente. Nos primeiros nove dias de setembro, foram registrados 1.468 focos de incêndio, um aumento expressivo em relação ao mesmo período de 2023. A Chapada dos Veadeiros foi especialmente atingida, com sete mil hectares de áreas de preservação destruídas.

Em meio ao cenário, brigadistas e voluntários denunciam a falta de fiscalização e combate ao fogo. Em várias regiões, como a Área de Proteção Ambiental de Pouso Alto, em Goiás, há relatos de queimadas frequentes em locais como lixões.

Lula acompanha a situação

Diante da crise, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) viajou para Manaus para tratar da seca na Amazônia e discutir medidas para mitigar os efeitos da estiagem. O mandatário deve anunciar crédito extraordinário e medidas de combate à seca.

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Última Atualização: 10/09/2024