Israel começou um ataque ao território palestino da Cisjordânia, na última quarta-feira (28), que ainda está em curso. O novo ataque brutal do Exército de Israel avança sobre um território que, até agora, estava em segundo plano na guerra, uma vez que os esforços israelenses estavam concentrados em levar o terror para a Faixa de Gaza.
Com a invasão pelo exército com soldados e drones, Israel se afasta ainda mais das tentativas por um acordo de cessar-fogo.
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Esta é a maior operação de Tel Aviv na Cisjordânia, que tem cerca de 3,2 milhões de habitantes, em duas décadas. A ação foi justificada como “antiterrorista”, mas sem apresentar motivos.
Ao todo já morreram 16 palestinos, sendo 7 em Jenin, 5 em Tulkarm e 4 no acampamento de Far’a, próximo a Nablus. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde palestino. Também foi invadida pelo exército a cidade de Tubas.
Entre os mortos está Mohammed Jaber, chamado de Abu Shujaa, um líder de Brigada em Tulkarm.
A Cisjordânia, junto a Gaza, é parte dos territórios do Estado palestino, mas que desde 1967, na Guerra dos Seis Dias, sofre com invasões de colonos judeus que se assentam na região sob o olhar condescendente de organismos internacionais.
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As ações militares foram primordialmente em acampamentos de refugiados, porém palestinos acusam os israelenses de invadir um hospital em Jenin e bloquear a entrada de dois em Tulkarm.
Segundo a ONU, já foram mortos na Cisjordânia 607 palestinos desde 7 de outubro.