Além da acusação de trocar carros de luxo por drogas para o PCC, Tarcísio Escobar, ex-presidente estadual do PRTB, também foi apontado como envolvido em esquema de estelionato em porta de banco e violência contra a ex-mulher. Ele comandou a sigla por três dias em São Paulo em março deste ano.
Escobar foi preso em flagrante em 2012 por se passar por um funcionário de uma agência do Bradesco em Barueri, na Grande São Paulo. Na ocasião, ele fingiu ajudar uma vítima que precisava depositar um envelope com R$ 300 num caixa eletrônico e acabou usando um envelope vazio na máquina.
Ao desconfiar do golpe, a vítima pediu ajuda de agentes da Guarda Civil Metropolitana, que encontraram o envelope com o valor e outros vazios do Bradesco e Caixa Econômica Federal. Escobar foi reconhecido por uma outra vítima, que o identificou por meio de uma foto.
O ex-presidente estadual do PRTB foi preso junto de um comparsa e solto no dia seguinte. Ele pagou R$ 1 mil de fiança e nunca mais foi encontrado pela Justiça para ser intimado. O processo foi suspenso de 2015 a 2023 e no último dia 15 a Justiça tentou intimá-lo, mas não conseguiu entregar o documento.
Além do esquema, Escobar também foi acusado de agressão por Tamires da Silva, sua ex-mulher. Ela solicitou uma medida protetiva em agosto de 2022, após o término do casamento de seis anos com o aliado de Marçal.
No inquérito, ela afirmou que o ex-marido vinha fazendo ameaças. “Ele ligou falando que iria me bater, me agredir da forma que fazia quando eu era casada porque coloquei meu filho de castigo”, afirmou em depoimento na ocasião.
A juíza responsável pelo caso concedeu a medida protetiva no mesmo ano, proibindo Escobar de chegar perto da ex e de seus familiares, além de manter qualquer tipo de contato e frequentar os mesmos locais que ela.
Assim como no caso de estelionato, a Justiça não conseguiu localizá-lo para entregar a intimação e Escobar não indicou advogado para defendê-lo no processo.