O retorno da Comissão dos Desaparecidos e a enigma do governo Lula

No auditório 3 da Câmara, ontem, juntaram-se pela enésima vez os familiares de mortos e desaparecidos pela ditadura. Mas uma vez, tenta-se retomar os trabalhos da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos.

Helena Silva, guerreira antiga, lembra a tragédia, os números de estudantes, agricultores, indígenas, militares, mortos pela ditadura.

Sexta-feira haverá a retomada da Comissão – com a mesma estrutura demitida por Jair Bolsonaro no primeiro ano do seu governo. Esperava-se a presença do presidente da República para o ritual final de reconhecimento: em nome do país, apresentar o pedido de desculpas.

Mas, no evento de hoje, não havia esperança que isso ocorresse. Hoje, Luiz Inácio Lula da Silva compareceu a uma escola de preparação de militares, em um momento em que as Forças Armadas preparam-se para punir parte dos militares conspiradores.

No meio do evento, entrou um grupo de estudantes. O neto de Mário Alves – morto pelo DOPS do Rio de Janeiro – lembrou sua atuação estudantil na Bahia.

É lembrado também o ato infame do Supremo Tribunal Federal, incluindo na anistia torturadores e outros criminosos de crimes contra a humanidade. Os responsáveis pelo pacto da anistia foram os juristas Sepúlveda Pertence e Nelson Jobim, negociando em nome do povo brasileiro. O temor dos militares era tão grande que perdoaram-se até crimes cometidos depois da anistia – como a morte da secretária da OAB-Rio, a tentativa de explosão do Riocentro, a tentativa de explodir dutos de gás no Rio de Janeiro.

Sexta-feira haverá a retomada da Comissão. Ficará a indagação final: como o governo irá participar do evento, qual o sinal simbólico para garantir que desta vez, finalmente, os porões serão devassados?

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