Além de destinar quase R$ 50 bilhões para ações de enfrentamento à crise climática no Plano Plurianual Participativo (PPA) aprovado este ano, o governo Lula anunciou, nessa segunda-feira (26/8), o Plano Nacional de Transição Energética. As medidas contidas no documento, segundo o deputado Bohn Gass (PT-RS), vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, vão preparar o País para enfrentar os efeitos do descontrole do clima.
“Quando, no PPA, garantimos R$ 45,7 bilhões para o Ministério do Meio Ambiente e outros R$ 4,03 bilhões para o Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional com esse fim, sabíamos que já não conseguiríamos mais evitar algumas tragédias, mas que poderíamos preparar o País para proteger as pessoas e reduzir a extensão desses desastres”, diz Bohn Gass.
Políticas públicas
Segundo o deputado, o governo Lula tem a compreensão de que esta tarefa exige multidisciplinariedade e combinação de políticas públicas corretas que incluem desde a retomada da proteção ambiental até a gestão de riscos, passando pela mudança na matriz energética.
“Estamos trabalhando para ampliar a capacidade dos municípios com investimentos em prevenção, mitigação, mapeamento, monitoramento, alerta e capacitação de todos os atores do Sistema de Defesa Civil do País, e, de outro lado, criando sinergia entre as políticas governamentais de forma a fortalecer a nova economia global que, necessariamente, passa pela opção de gerar energia de forma sustentável”, detalha o parlamentar.
Geração de trabalho
Bohn Gass acrescenta que o governo Lula tem nitidez de que essas mudanças precisam preservar a natureza, mas, também, garantir crescimento ao País com geração de trabalho para pessoas mais pobres que vivem em áreas vulneráveis, de investimentos em bioeconomia, de tecnologias para criar produtos e serviços mais sustentáveis.
“Não aceitamos a mentira dos negacionistas de que progresso e proteção são incompatíveis. Não podemos aprovar nenhuma legislação que reduza as condições de regeneração ou proteção natural. Temos de caminhar no sentido contrário. Afinal, vivemos as piores enchentes e as maiores ondas de frio no Sul, a seca na Amazônia, o fogo no Sudeste e, nestes casos, precisamos ter um país capaz de oferecer respostas ágeis à população”, afirma Bohn Gass.