Bolsonaro e Pablo Marçal. Foto: Divulgação

Desde o último sábado (24), a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus principais aliados cessaram os ataques contra o coach Pablo Marçal (PRTB). A mudança de postura ocorre após uma série de críticas direcionadas ao candidato a prefeito, especialmente após a decisão da Justiça Eleitoral que determinou a suspensão das redes sociais de Marçal.

A suspensão das redes do empresário foi motivada por acusações de abuso de poder econômico, conforme alegado pelo PSB, partido da candidata Tabata Amaral. O ex-presidente Bolsonaro, em reação, expressou publicamente sua discordância.

“Independente de quem tenha a rede censurada, eu não compactuo com essa prática, porque cada vez mais vai se tornando uma rotina. Daqui a pouco estamos todo mundo aí censurado.” Ele foi apoiado em sua posição pelos filhos Eduardo e Carlos Bolsonaro.

Os aliados próximos de Bolsonaro apontaram várias razões para a suspensão dos ataques. Entre elas, destaca-se a preocupação de que a continuidade das críticas poderia ser interpretada como apoio à “censura” de Marçal, em vez de uma crítica genuína às suas ações.

Além disso, houve uma reação negativa significativa dos eleitores de direita nas redes sociais, que criticaram os filhos do ex-presidente por atacarem o candidato do PRTB.

Joice Hasselmann e Sergio Moro. Foto: Divulgação

Os ataques anteriores a adversários como Sergio Moro (União Brasil) e Joice Hasselmann (Podemos) não resultaram no impacto esperado, e ele parece ter se fortalecido ao responder às críticas. Os aliados de Bolsonaro reconhecem que continuar atacando o coach poderia dar a ele mais visibilidade e prestígio, algo que eles preferem evitar.

A família Bolsonaro e seus aliados também ponderam que a desconstrução de Marçal deveria ser responsabilidade do atual prefeito Ricardo Nunes (MDB-SP), candidato à reeleição, e não do ex-presidente e seus associados. A eficiência de Tabata Amaral na crítica a Marçal tem sido destacada como uma estratégia mais eficaz até agora.

Há um consenso entre os aliados do ex-presidente de que, embora Marçal deva ser combatido, a abordagem futura deve ser cuidadosamente planejada para não prejudicar ainda mais a imagem da família Bolsonaro. A expectativa é que os ataques sejam retomados de forma mais estratégica, para evitar dar mais relevância ao coach e para preservar a liderança dele no campo da direita.

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Última Atualização: 26/08/2024