A face oculta do neoliberalismo: a ansiedade, o medo do fracasso e a cultura da autoexploração.
por [nome do autor]
A expansão das políticas neoliberais na década de 1980 levou a uma significativa redução do papel do Estado na economia e nos investimentos em políticas de bem-estar social. Consequentemente, os trabalhadores perderam grande parte da proteção social que possuíam, sendo expostos a um novo cenário globalizado.
A sociedade capitalista hoje representa uma segunda natureza, uma vez que promove uma competição desenfreada pela sobrevivência e uma luta encarniçada pelos bens escassos.
Os indivíduos estão correndo atrás de algo que nunca chega. Elas estão sempre se aprimorando, tornando-se cada vez melhores, mas não veem resultados de seus esforços. Por mais que elas façam, nunca é o suficiente.
O neoliberalismo ao promover a competição desenfreada, produz uma cultura do desempenho que afeta milhões de pessoas. As promessas do neoliberalismo são promessas traídas.
O importante é performar, estar sempre se superando, para que um dia a promessa seja cumprida. Mas a promessa nunca é cumprida, o fracasso é a regra.
A nossa subjetividade é contábil e financeira. O “Eu” é uma empresa: “A empresa é promovida como modelo de subjetivação: cada indivíduo é uma empresa que deve se gerir e um capital que se deve fazer frutificar”.
Referências
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[nome do autor] – Doutor em educação pela Universidade de São Paulo (USP). Professor do IFMS – Instituto Federal do Mato Grosso do Sul. Email: [email do autor]
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