Autoridades norte-americanas indicam que um acordo para o cessar-fogo na região de Gaza está “próximo”, enquanto Israel e o grupo Hamas demonstram que esse cenário não está próximo de acontecer.
Uma reportagem do jornal The Guardian explica que o governo dos Estados Unidos pressionou Israel e Hamas a aceitarem a proposta apresentada durante as negociações mediadas na semana passada no Catar.
O Hamas afirma que a última proposta apresentada é muito próxima daquilo que Israel exige, mas chama de “enganosos” os comentários do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, sobre um suposto recuo de um acordo.
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, teria se recusado a aceitar uma retirada israelense do corredor Netzarim que agora corta a Faixa de Gaza, ou a fronteira Egito-Gaza – uma linha vermelha para o Hamas e para o Cairo.
A última rodada de negociações, na qual o grupo palestino não está diretamente presente, iria recomeçar no Egito nesta quinta-feira, mas parece ter sido adiada para o sábado.
Esse impulso para negociações é considerado mais importante do que nunca após os assassinatos de um dos comandantes do Hezbollah e do chefe político do Hamas, Ismail Haniyeh.
Os assassinatos foram cometidos em Beirute e em Teerã, e tanto o grupo libanês como o governo iraniano ameaçaram transformar a guerra na Palestina em um conflito regional mais amplo diante da possibilidade de retaliação do Irã e do Hezbollah contra Israel.
O Ministério da Saúde da Palestina anunciou mais quatro massacres contra civis palestinos na Faixa de Gaza. Ao todo, 42 pessoas foram mortas e 163 pessoas ficaram feridas nos ataques.
Desta forma, o número de palestinos mortos pelo exército de Israel chegou a 40.265 e o número de feridos aumentou para 93.144. Milhares de pessoas ainda estão desaparecidas e sob os escombros na Faixa de Gaza.