O primeiro contrato de comercialização de hidrogênio verde do Brasil foi assinado na quinta-feira 22. O acordo foi firmado entre a CPFL Energia e a Mizu Cimentos, com apoio estratégico do governo do Rio Grande do Norte e do Consórcio Nordeste.

A iniciativa prevê a instalação de uma unidade piloto para produção de hidrogênio verde voltado à indústria do cimento. Serão investidos 40 milhões de reais em tecnologia até 2030. A parceria formalizada nesta quinta teve origem em um memorando de entendimento assinado em novembro do ano passado.

O projeto tem uma planta-piloto que usará energia renovável para produzir o hidrogênio verde a ser utilizado nos fornos rotativos da companhia de cimento, localizados na cidade de Baraúna, a cerca de 300 quilômetros de Natal, na divisa com o Ceará.

“Este é um exemplo claro de que a reindustrialização do Brasil, especialmente do Nordeste, é possível, e de que o hidrogênio verde é a chave para a descarbonização da nossa economia e para o enfrentamento dos desafios climáticos que estão à nossa porta”, disse a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT).

O projeto tem previsão de entrar em funcionamento em 2027 e faz parte de um cenário em que os estados nordestinos se destacam: mais de 85% da energia renovável do País é produzida nos estados da região, com destaque para o Rio Grande do Norte.

“Temos em nosso estado e em nossa região um potencial extraordinário para gerar o hidrogênio verde, que será a espinha dorsal de uma nova economia industrial”, prosseguiu a governadora. “Um Brasil que não só atende às suas próprias necessidades energéticas de forma limpa, mas que se posiciona como um dos principais produtores de hidrogênio verde do mundo.”

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Última Atualização: 22/08/2024