Desvenda a conexão entre o partido político de Pablo Marçal e a máfia

A Polícia Civil paulista indiciou dois líderes do PRTB, partido do candidato à prefeitura de São Paulo e influenciador Pablo Marçal, por suspeitas de ligação com o crime organizado.

Tarcísio Escobar de Almeida, ex-presidente estadual do PRTB em São Paulo, e Júlio César Pereira, também conhecido como “Gordão”, são suspeitos de vender carros de luxo em troca de cocaína para o Primeiro Comando da Capital (PCC), segundo informação do jornal.

Ambos os suspeitos foram apontados como homens de confiança do presidente nacional do PRTB e principal articulador da candidatura de Marçal, Leonardo Avalanche.

Apesar de não terem sido vistos em atos de campanha do candidato à prefeitura, a dupla já participou de eventos do partido. Escobar, inclusive, compareceu a cerimônia de filiação de Marçal ao partido.

Ao Estadão, Escobar e “Gordão” negaram qualquer ligação com o PCC.

O que diz a polícia

A dupla ligada ao PRTB, indiciada em 2023 em caso que continua sendo investigado, foi associada a Francisco Chagas de Sousa, conhecido como “Coringa”, preso em agosto de 2020.

À época, a polícia apreendeu com “Coringa” uma arma, drogas, celular e um pen drive com material relacionado ao controle de integrantes do PCC.

No celular, foram encontradas conversas de Coringa relacionadas aos supostos investidores no tráfico de drogas, que seriam “Gordão” e Escobar.

Segundo a apuração, a dupla forneceria carros a Coringa, que os enviava para o Paraná para serem trocados por drogas. O lucro do esquema era dividido entre eles, sendo que alguns dos veículos também eram usados para o transporte dos entorpecentes.

A investigação aponta que a droga não passava pelas mãos de “Gordão” e Escobar, mas ambos tinham conhecimento de que os valores eram para aquisição de entorpecentes. A compra gerava lucro exorbitante, ou seja, que jamais aufeririam se houvesse uma mera comercialização de carros.

O Ministério Público chegou a classificar “Gordão” como responsável pelo tráfico de drogas e por resolver problemas administrativos do PCC. A investigação apontou que ele é integrante da organização criminosa e pagava mensalidades de R$450 à facção.

Já no caso de Escobar, além do suposto envolvimento com o PCC, ele foi condenado por estelionato em primeira instância na cidade de Poá, e responde pelo mesmo crime na cidade de Barueri, ambas na região metropolitana de São Paulo.

O ex-dirigente do PRTB também é suspeito de envolvimento em uma casa de prostituição na capital paulista, que era usada para vender drogas e lavar dinheiro. O estabelecimento, no entanto, não está mais em funcionamento.

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