Com a campanha para a Prefeitura de São Paulo centrada em pedidos de doações via Pix, devido à falta de acesso ao fundo eleitoral, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) declarou ter arrecadado R$ 544 mil até a última terça-feira (20). Segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 53% desse valor veio de doadores de outros estados.
Ele é um dos poucos candidatos que já iniciou a prestação de contas de sua campanha, junto com Marina Helena (Novo) e Tabata Amaral (PSB). A legislação eleitoral exige que todo o dinheiro recebido, seja ele proveniente de doações ou do fundo eleitoral, seja registrado e sua destinação seja transparente.
O TSE estabeleceu um limite de R$ 67,2 milhões para gastos no primeiro turno das eleições para a Prefeitura de São Paulo. No caso do coach, ele tem utilizado sua popularidade nas redes sociais para impulsionar a arrecadação de recursos, postando banners em sua conta no Instagram, onde possui 12,8 milhões de seguidores, solicitando doações via Pix.
Pela legislação, cada doador pode contribuir com até 10% da renda total anual declarada no imposto de renda. Até o momento, Marçal recebeu 10.473 doações via Pix, totalizando R$ 544 mil. Desse montante, R$ 217 mil vieram de 3.198 doadores com CPFs registrados em São Paulo.
No entanto, o número de doadores paulistas pode ser maior, já que 751 depósitos foram classificados como “recurso de origem não identificada” e precisam ser ajustados. Doadores de outros estados contribuíram com R$ 291 mil.
Entre os dois maiores doadores da campanha de Marçal, que repassaram R$ 100 mil cada, um é o empresário Hélio Paulo Ferro Filho, de Goiás, que já foi preso por porte ilegal de arma em 2022. O outro é o bilionário Helio Seibel, do Grupo Ligna, natural do bairro Bom Retiro, em São Paulo.