O jornalista e ativista Julian Assange. Foto: Daniel Leal-Olivas/AFP

O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, firmou um acordo com a Justiça dos Estados Unidos para se declarar culpado em acusações de espionagem.

Após semanas de negociações, Assange se declarou culpado por violar a lei de espionagem dos EUA. O acordo permitirá que Assange seja libertado da prisão no Reino Unido nos próximos dias e retorne para a Austrália, seu país de origem.

Assange admitiu a culpa em uma acusação criminal de conspiração para obter e divulgar documentos classificados de defesa nacional dos EUA.

Os EUA queriam julgar Assange por vazar 700 mil documentos confidenciais desde 2010 sobre atividades militares e diplomáticas americanas, especialmente no Iraque e Afeganistão.

Julian Assange é o fundador do Wikileaks. Foto: REUTERS/Axel Schmidt

Liberdade

Em vídeo divulgado, a esposa do ativista informou sua soltura.

Vazamentos

Um dos materiais vazados por Assange incluía um vídeo mostrando soldados americanos executando 18 civis de um helicóptero no Iraque.

Como algumas das informações vazadas incluíam identidades de pessoas que cooperavam com os militares no Oriente Médio, autoridades americanas alegaram que os vazamentos colocavam vidas em risco.

Recurso contra extradição

Em maio, Julian Assange foi autorizado a apresentar um recurso contra o pedido de extradição para os Estados Unidos.

A decisão da corte ocorreu semanas após os juízes britânicos solicitarem mais informações ao governo americano sobre o caso.

Prisão na Inglaterra

O fundador do WikiLeaks estava preso na Inglaterra desde 2019.

“A saúde dele está piorando, física e mentalmente. A vida dele corre perigo a cada dia que permanece na prisão e, se for extraditado, ele vai morrer”, afirmou Stella Assange.

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Última Atualização: 01/07/2024