Uma nova manifestação com tom golpista está sendo organizada pelo líder religioso Silas Malafaia no dia 7 de setembro, um sábado. O ato que deve ocorrer na avenida Paulista, em São Paulo (SP), deve reunir desde o presidente Jair Bolsonaro até os deputados federais Nikolas Ferreira (PL) e Gustavo Gayer (PL) e o senador Magno Malta (PL). O objetivo dos bolsonaristas é arrecadar assinaturas para um processo de impeachment contra o ministro do STF Alexandre de Moraes. No entanto, tudo indica que haverá um pedido explícito de prisão do ministro.
Existe até estratégia para as falas. O ex-presidente deve ser mais ameno para não se complicar em investigações em curso que pesam contra ele. Já os demais devem subir o tom contra Moraes.
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A motivação parte de um alarde promovido pela Folha de São Paulo contra a atuação do ministro quando presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Sob a justificativa de deliberações “fora do rito” que não se sustentam frente aos fatos reconhecidamente públicos e informações de acesso comum, os bolsonaristas têm se unido em torno do “apito de cachorro” promovido pela Folha para uma manifestação antidemocrática.
Existe a preocupação da sociedade quanto à sustentação desse estado de desrespeito às instituições que encontrou eco na grande mídia, pois foi de ato após ato com propagação de fake news e um sentido de condescendência com acampamentos em que se tramou a tentativa de golpe que ocasionou o fatídico 8 de Janeiro de 2023.
STF
A tese que será defendida pelo grupo é de que o governo Lula os persegue em conluio com o judiciário. Em vídeo nas redes, o pastor já divulgou suas opiniões e pediu a prisão do ministro.
No STF, o ministro foi defendido pelos colegas durante as sessões. Em seu discurso, Moraes disse: “nenhuma das matérias preocupa o meu gabinete, me preocupa ou a lisura de nenhum dos procedimentos”.
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Ainda justificou os pedidos de informações dos perfis dos acusados: “Não há nada a esconder. Todos os documentos oficiais juntados, a investigação correndo pela Polícia Federal. Todos eram investigados previamente, e a procuradoria acompanhando”, disse.