Três projetos em torno das Pastoras do Rosário lançados desde 2022 são imperdíveis.
Primeiro, foi uma websérie de dois episódios que conta a história da formação, em 2017, do grupo de cantadoras com oito mulheres negras.
Elas faziam parte do coral da Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França, uma edificação erguida no século XVIII pela Irmandade dos Homens Pretos na Penha, zona leste de São Paulo.
No ano passado, veio o primeiro álbum do grupo Pastoras do Rosário, composto por Carla Lopes, Dona Margarida, Lara de Jesus, Marlei Madalena, Rainha Neuza, Sandrinha do Rosário, Sol Majestade e Wilma Ayó.
O disco recebeu o título de Da Nebulosa ao Brilho, com diversas participações, incluindo de Fabiana Cozza, Izzy Gordon, Lia de Itamaracá, Luedji Luna, Carlos Casemiro, Sérgio Pererê, Tita Reis e Jongo de Guaianás.
Agora, vem à tona a obra audiovisual realizada a partir de canções do álbum apresentado em 2023. O trabalho reúne oito canções e as imagens reforçam o significado do projeto dessas mulheres.
O grupo vocal, o canto ancestral, a influência rítmica do samba de roda, a dança afro-brasileira e a religiosidade saltam aos olhos nesta produção audiovisual significativa.
Cenas na Igreja do Rosário destacam o Brasil sincrético e o que representam as Pastoras do Rosário. Há de se exaltar ainda a musicalidade na prática religiosa abordada no projeto, com relevante expressividade.
A produção musical é de Renato Gama, que também assina quase todas as composições do álbum audiovisual. Destaca-se também o excelente violão de Ronaldo Gama, além de uma percussão marcante. Os três projetos são uma realização do Sesc.
É possível assistir ao álbum visual Da Nebulosa ao Brilho, das Pastoras do Rosário,