A visão sobre o papel da Comunicação Interna nas empresas mudou ao longo do tempo. Antes vista como um simples canal de informação, essa área agora é reconhecida como parte estratégica do negócio, contribuindo para a integração das pessoas e influenciando diretamente o clima organizacional.

Esse clima, por sua vez, impacta a produtividade, o engajamento e o bem-estar dos funcionários.

João Silva, CEO da Nova Comunicação, uma empresa especializada em Comunicação Interna e engajamento, ressalta que é comum as empresas focarem em campanhas de conscientização relacionadas a datas do calendário nacional, como Janeiro Branco, Outubro Rosa ou Novembro Azul.

No entanto, ele questiona se essas ações isoladas são suficientes para abordar a saúde dos funcionários de forma mais ampla. Segundo Silva, “essas campanhas são importantes, mas têm validade limitada e oferecem pouco impacto nas políticas de bem-estar de longo prazo.”

Silva defende que as empresas devem ir além dessas campanhas pontuais e monitorar constantemente o comportamento dos funcionários. Isso pode ser feito por meio da Comunicação Interna e de iniciativas desenvolvidas pelo setor de Recursos Humanos (RH).

Com uma análise eficiente de dados e indicadores, as organizações podem obter uma visão clara da saúde e bem-estar de seus trabalhadores, permitindo que os gestores identifiquem áreas que precisam de melhorias e mantenham a equipe engajada e saudável.

Dicas para criar um ambiente de trabalho que valoriza a saúde

  1. Leve a informação até os funcionários: As empresas devem ser proativas ao construir e acompanhar a jornada dos profissionais dentro da organização. Isso inclui abordar temas relacionados à saúde, facilitando a identificação de sintomas e divulgando formas de tratamento ou prevenção.
  2. Envolva líderes e gestores no fluxo de comunicação: Líderes e gestores são aliados importantes no processo de Comunicação Interna, tanto na entrega de informações quanto no estímulo ao engajamento dos times. Pesquisas mostram que funcionários engajados têm menos propensão a sentir estresse no trabalho, o que reforça a importância do investimento nessa área.
  3. Fortaleça a cultura organizacional diariamente: Criar um ambiente onde os funcionários se sintam seguros para falar sobre questões de saúde, sem medo de estigmatização, é essencial. Cabe à Comunicação Interna e ao RH promover discussões sobre o tema e conscientizar os gestores sobre a importância do acolhimento.
  4. Monitore o clima organizacional: É importante que tanto a Comunicação Interna quanto as lideranças estejam atentas a sinais de estresse, sobrecarga ou depressão nas equipes. O clima organizacional reflete a saúde dos profissionais, e a falta de engajamento pode ser um indicador de insatisfação ou desmotivação.
  5. Acompanhe o comportamento dos funcionários: As estratégias mais eficazes são baseadas em uma análise detalhada de dados e indicadores. Avaliar o nível de felicidade, engajamento e produtividade dos funcionários oferece insights valiosos sobre a saúde organizacional.

Silva afirmou que, quando a comunicação dentro da empresa é bidirecional e o desenvolvimento dos funcionários é apoiado, é possível identificar as necessidades do público interno sem precisar perguntar diretamente.

“Com dados obtidos de diferentes fontes, podemos aprofundar insights sobre as experiências dos funcionários no ambiente de trabalho. A escuta contínua fornece ferramentas robustas de análise de sentimento à liderança de RH, permitindo que a organização capte o que os funcionários estão dizendo em diferentes canais,” disse.

A saúde dos funcionários está diretamente ligada à participação ativa da empresa na criação e implementação de políticas de bem-estar. Para ele, uma plataforma de Comunicação Interna eficiente facilita o conhecimento de gatilhos de estresse e ajuda a tratar o desengajamento, seja ele resultado de questões pessoais ou profissionais.

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Última Atualização: 16/08/2024