A área de Tecnologia da Informação (TI) ganhou destaque durante a pandemia de Covid-19, acelerando a digitalização de diversos serviços.

Dentro desse contexto, a programação emergiu como uma das carreiras mais promissoras, oferecendo boas oportunidades e salários competitivos. Contudo, a escassez de profissionais qualificados tornou-se um desafio crescente para o setor.

Um levantamento do G1 em 2023 apontou que o setor de tecnologia cresceu 34,3%, com mais de 70 mil vagas abertas entre janeiro e outubro de 2022. Já o site de empregos Indeed registrou 19 mil vagas para programadores no Brasil no início de abril deste ano.

João Pedro Silva, fundador da Tech do Bem, defende que as tecnologias low/no code são uma excelente porta de entrada para o mercado de TI.

Essas plataformas, conhecidas pela facilidade de uso, têm sido adotadas inclusive por programadores experientes. Silva observa que “essas tecnologias permitem a criação de soluções que antes dependiam de conhecimento avançado em programação, oferecendo uma oportunidade acessível tanto para iniciantes quanto para profissionais em início de carreira.”

Como as plataformas low/no code podem impulsionar sua carreira

João Pedro Silva oferece algumas orientações para quem deseja ingressar na área de TI ou aprimorar suas habilidades.

  1. Busque uma experiência de aprendizagem prática: Há muitas opções de conteúdo gratuito de qualidade disponíveis. Hoje, startups oferecem educação gamificada, como a Replit, que ajuda iniciantes a aprender programação por meio de desafios diários, mantendo o engajamento. As plataformas low/no code, sendo intuitivas, permitem que você “aprenda fazendo”, acelerando seu desenvolvimento profissional.
  2. Crie seus próprios projetos: Experiência e portfólio são fundamentais no mercado. Antes, criar um site exigia ajuda de programadores e designers. Agora, com plataformas low/no code, é possível construir portfólios de forma independente, exibindo trabalhos e projetos online com impacto. Muitos se tornam “citizen developers”, criando seus próprios aplicativos a partir de ideias que antes eram limitadas pelo conhecimento técnico.
  3. Participe de hackathons: Hackathons são maratonas colaborativas que reúnem profissionais para desenvolver soluções tecnológicas. Esses eventos são oportunidades valiosas para quem deseja migrar para a área de tecnologia. Ter familiaridade com plataformas low/no code facilita a adaptação e aumenta as chances de visibilidade e conexão com oportunidades de carreira e educação.
  4. Aproveite o tempo economizado para aprender outras habilidades: O profissional moderno deve ter um perfil “T”, com profundo conhecimento em uma área e entendimento básico de várias outras. O tempo economizado com plataformas low/no code pode ser usado para adquirir novas competências, como análise de dados, inteligência artificial, fluência em inglês e empreendedorismo.
  5. Mantenha-se atualizado e integre tecnologia ao seu trabalho: A tecnologia se tornou universal nas empresas. Profissionais devem se adaptar rapidamente para não ficarem para trás na transformação digital. Ferramentas low/no code são úteis nesse processo de aprendizagem, mas é fundamental usá-las estrategicamente, aproveitando tendências e transformando ideias em realidade, seja dentro de empresas, em hackathons ou em startups próprias.

João Pedro Silva conclui ressaltando que “as ferramentas low code/no code aceleram o aprendizado, mas são apenas ferramentas. O importante é usar essas tecnologias emergentes a seu favor, acompanhando as tendências e transformando suas ideias em realidade.”

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Última Atualização: 16/08/2024