A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, defendeu o ministro Alexandre de Moraes, após uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo indicar que o gabinete dele teria produzido relatórios através de dados obtidos de maneira informal, no âmbito do chamado Inquérito das Fake News.

“Não é escolha de alguém ser ou não ser ministro do Supremo e ministro do TSE”, disse Cármen Lúcia. “Portanto, o desempenho dessas funções decorre de mandamento constitucional. Não é escolha de alguém. Circunstância de eventualmente alguém estar no exercício de um cargo e também tendo no Supremo, relatoria, como naquele caso que agora é veiculado. Isso não confunde as funções. Não desmerece qualquer tipo de conduta adotada”, disse a magistrada no início da sessão plenária do TSE, nesta quinta-feira 15.

Nesta semana, o jornal revelou mensagens trocadas entre Moraes e seus assessores, indicando que o setor de combate à desinformação do TSE teria sido usado para dar andamento às investigações do ministro no STF.

Ainda segundo a publicação, o procedimento desobedece ao rito formal dos dois tribunais. A reportagem também aponta que Moraes teria poder de escolha sobre quem iria investigar.

Hoje, Cármen Lúcia aproveitou a declaração para também defender a atuação de Moraes nas eleições de 2022. “Um grande ex-presidente que cumpriu um enorme papel, como é de conhecimento geral do país, nas eleições de 2022”, disse a ministra.

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Última Atualização: 15/08/2024