Marçal e Boulos em debate eleitoral. Foto: reprodução

O debate entre Guilherme Boulos (PSOL) e Pablo Marçal (PRTB) nesta quarta-feira (14), em São Paulo, foi marcado por um confronto acalorado que quase resultou em agressões físicas. O evento, promovido pelo Estadão, Terra e a universidade Faap, teve seu ponto mais tenso quando Boulos mencionou a condenação criminal de Marçal por furto qualificado, ocorrido quando ele tinha 18 anos, em um esquema de golpes cibernéticos.

Durante o debate, o psolista comparou o adversário ao Padre Kelmon, figura bolsonarista quase folclórica que concorreu à presidência em 2022, enquanto Marçal provocou, afirmando que seu rival “nunca trabalhou na vida”.

Em resposta, o deputado federal listou suas experiências como professor e ironizou a ocupação do candidato de extrema-direita como “coach”, lembrando que ele também tentou, sem sucesso, se eleger ao mesmo cargo. “Até ser deputado federal, coisa que você tentou e não conseguiu, eu estava dando aulas na PUC”, afirmou Boulos.

“É indignante você ver esse sujeito que não tem limite. O cara vem aqui, inventa uma mentira sobre drogas, fala do pai da Tabata em outra ocasião. Não tem limite ético, não tem limite moral, é uma pessoa rebaixada. Fico em dúvida se você é só um mau caráter ou se é um psicopata. Você vem aqui inventar coisas para lacrar nas redes sociais, é viciado em mentir, impressionante”, disse Boulos, indignado.

Marçal ainda acusou Boulos de apoiar a corrupção do deputado André Janones (Avante-MG) e o Hamas, mas as acusações foram feitas sem apresentar evidências, gerando mais tensão no debate. Após a acusação de rachadinha, o Conselho de Ética da Câmara Federal desconsiderou uma ação de cassação do PL contra o deputado mineiro sob a alegação de que, se houve crime, foi antes do mandato no Congresso, o que inviabiliza a atuação da casa legislativa.

O bolsonarista também afirmou que Boulos seria um “candidato trans”, mas deixou a explicação do que seria essa acusação para suas redes sociais. Em resposta, o deputado questionou: “O que fazer com um cidadão desse?”.

Em julho, Pablo Marçal acusou a candidata Tabata Amaral (PSB) de ser responsável pela morte do seu pai, quando ela tinha 18 anos. Com histórico de alcoolismo, ele cometeu suicídio logo após saber que sua filha ganhou uma bolsa de estudo na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.

Durante a discussão, apoiadores de ambos os candidatos também interferiram no debate. Em determinado momento, a mediadora precisou pedir por bom comportamento de todos, citando que ali havia uma “plateia de adultos”.

Após o embate direto, o bolsonarista retirou do bolso uma carteira de trabalho, gesto que ele disse ser uma tentativa de “exorcizar” Boulos. Inicialmente, o candidato do PSOL ignorou a provocação, mas a situação escalou quando ambos voltaram aos seus lugares.

Fora dos microfones, a discussão continuou, e Marçal insistiu em aproximar o objeto contra o rosto de Boulos, que acabou dando um tapa na carteira que o candidato do PRTB segurava, intensificando o clima de tensão.

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Última Atualização: 14/08/2024