O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Polícia Federal (PF) e determinou, nesta quarta-feira (14), uma nova prisão dos blogueiros Bruno Silva e Leonardo Oliveira, apoiadores declarados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
A PF identificou uma ação dos investigados para atacar, a partir de publicações criminosas, agentes federais que atuam em investigações na Suprema Corte. Os blogueiros, que vivem fora do país, teriam usado perfis em redes sociais de “crianças e adolescentes” para ocultar a autoria dos conteúdos ilegais.
Na prática, os investigados teriam acreditado que, por se tratar de contas de menores de idade, eles não poderiam ser punidos pelos conteúdos. Ao todo, nove medidas cautelares e dois mandados de busca foram cumpridos no Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amazonas e no Distrito Federal.
Leonardo Oliveira, que se encontra na Espanha, é investigado por corrupção de menores, uma vez que estaria se passando pela filha para fazer postagens. A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa da ex-mulher de Oliveira, em Brasília. Equipes do Conselho Tutelar acompanharam a ação.
Os investigadores afirmaram que um perfil da filha de Oliveira em uma rede social chegou a publicar conteúdo dizendo que havia policiais na casa da família nesta quarta. Contudo, a adolescente ainda estava dormindo, o que indica o uso do perfil por maiores de idade, incluindo seus responsáveis legais.
Já Bruno Silva, que está nos Estados Unidos, é investigado pelos crimes de obstrução de Justiça, ameaça e crimes contra a honra. Os investigadores apontam que o plano de ataques e ameaças aos policiais foi iniciado por ele com “objetivo de intimidar e sujeitar à execração midiática os policiais que atuam” nos casos sob relatoria de Moraes.
O ministro autorizou também buscas contra o influenciador Felipe Souza, em endereços no Espírito Santo. Segundo a corporação, o youtuber “aderiu à campanha de exposição / intimidação dos policiais federais que atuam nos casos do STF”, ao expor um delegado com sendo “o responsável por supostas ações ilegais do STF”.
Com informações do G1 e O Globo.
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