A equipe de campanha da candidata presidencial democrata Kamala Harris revelou que foi alvo de hackers estrangeiros, apenas dias após a campanha do rival Donald Trump ter sugerido que sofreu um ataque cibernético de autoria do Irã.

“Em julho, as equipes legais e de segurança da campanha foram notificadas pelo FBI de que fomos alvos de uma operação de interferência de um ator estrangeiro”, disse um membro da equipe de Harris à AFP.

“Contamos com sólidas medidas de cibersegurança e não estamos sabendo de nenhuma violação de segurança em nossos sistemas como resultado desses esforços”, acrescentou.

Os responsáveis pela campanha de Harris não forneceram informações sobre a procedência do ataque cibernético que não prosperou.

O Departamento de Estado americano advertiu o Irã sobre consequências caso interfira nas eleições, após a campanha de Trump ter anunciado ter sido vítima de um ataque cibernético.

A equipe de Trump sugeriu que o Irã estava por trás do ataque, no qual documentos, incluindo pesquisas que usaram para avaliar o companheiro de chapa J.D. Vance, foram enviados a repórteres.

Também alertou os meios de comunicação contra a publicação dos documentos, dizendo que tal ação seria “fazer o trabalho dos inimigos da América.”

O tom foi diferente de 2016, quando Trump disse que esperava que a Rússia “encontrasse” os e-mails de Hillary Clinton, observações amplamente vistas como um incentivo a mais ataques cibernéticos contra sua oponente na disputa pela Casa Branca.

A inteligência dos EUA concluiu que a Rússia interveio nas eleições de 2016 para apoiar Trump, que rejeitou as conclusões.

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Última Atualização: 14/08/2024