Em agosto, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,41%, um aumento de 0,20 ponto percentual (p.p.) em relação a julho, quando o índice foi de 0,21%. Embora os preços da gasolina (3,15%) e das passagens aéreas (19,39%) tenham tido um impacto significativo, um fator de destaque foi a queda nos preços da alimentação em domicílio, que recuaram 1,51% no mês, após uma alta de 0,47% em julho.

Os dados são do IBGE.

O recuo nos preços dos alimentos em domicílio ocorreu após nove meses consecutivos de alta. Luís Silva, gerente do IPCA, explicou que “o aumento da oferta de diversos produtos agrícolos contribuiu para a redução dos preços”. Entre os produtos que apresentaram as maiores quedas estão o tomate (-31,24%), a cenoura (-27,43%), a cebola (-8,97%), a batata inglesa (-7,48%) e as frutas (-2,84%). Por outro lado, alguns itens tiveram alta, como o café moído (3,27%), o alho (2,97%) e o pão francês (0,67%).

Essa queda no grupo Alimentação e Bebidas, que recuou 1,00%, foi responsável pelo impacto negativo mais intenso no IPCA de julho (-0,22 p.p.). Em contraste, o grupo de Transportes, com alta de 1,82%, foi o maior responsável pela elevação do índice, seguido por Habitação, que subiu 0,77%.

No acumulado do ano, o IPCA registra alta de 2,85%, e nos últimos 12 meses, de 4,49%, acima dos 4,23% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Por outro lado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) apresentou variação praticamente estável em julho, com um aumento de 0,27%, ligeiramente superior ao resultado de junho (0,25%). Os produtos alimentícios caíram 0,96% em julho, após uma alta de 0,44% em junho, enquanto os produtos não alimentícios aceleraram de 0,19% em junho para 0,66% em julho.

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Última Atualização: 12/08/2024