Em 2021, o Brasil conquistou o melhor resultado nos Jogos Olímpicos da história, com 21 medalhas, incluindo 7 de ouro. No entanto, na edição seguinte, em 2024, o país registrou um pior resultado, com apenas 4 medalhas de ouro. A imprensa busca apresentar explicações vazias para o problema, mas não toca nas questões fundamentais que dizem respeito à economia e à crise do imperialismo.
A Olimpíada teve início em 1896 e a primeira participação brasileira foi em Estocolmo, nos Jogos Olímpicos de 1912. A delegação brasileira conquistou sua primeira medalha, bronze no tiro esportivo, na edição seguinte, em Antuérpia, em 1920. O primeiro ouro foi conquistado por Adhemar Ferreira da Silva no salto triplo, nos Jogos Olímpicos de 1948 em Londres.
Nos anos seguintes, o Brasil seguiu uma crescente de medalhas, exceto em 2004, que é um ponto fora da curva. A queda no resultado do Brasil em 2024 tem dois aspectos do mesmo problema, um está relacionado à destruição de programas de incentivo ao esporte e apoio financeiro para atletas de alto desempenho, outro tem a ver com a manipulação dos resultados. Ambos os fatores estão relacionados com a crise do imperialismo.
Atenas (2004) | Pequim (2008) | Londres (2012) | Rio de Janeiro (2016) | Tóquio (2021) | Paris (2024) | |
Ouro | 5 | 3 | 3 | 7 | 7 | 4 |
Prata | 2 | 4 | 5 | 6 | 6 | 6 |
Bronze | 3 | 8 | 9 | 6 | 8 | 10 |
Total | 10 | 15 | 17 | 19 | 21 | 20 |
A decadência do imperialismo se manifesta também na organização dos Jogos Olímpicos, não somente no show de horrores identitário que marcou a abertura do evento, mas também nas péssimas condições que ofereceram aos atletas e pessoas que se deslocaram até Paris.
O imperialismo já não consegue dominar as Olimpíadas sem interferência nas competições e manipulação de resultados. É por esse motivo que a delegação de atletas russos foi proibida de concorrer sob sua própria bandeira desde 2018 e banida da edição de 2024.
Os Estados Unidos sofreram para terminar em primeiro lugar no quadro geral de medalhas, empataram com China em número de medalhas de ouro e venceram por ter mais medalhas de prata. O resultado oficial poderia ser diferente se o Brasil não tivesse sido literalmente assaltado no futebol feminino.
Há avaliações de que o Brasil pode ter sido desfavorecido em outros esportes que dependem principalmente da subjetividade dos julgadores. No judô, a arbitragem não penalizou a sul-coreana que fugiu e deixou a brasileira Rafaela Silva fora da final categoria 57 kg.
Portanto, a delegação brasileira poderia ter conquistado um resultado melhor nos Jogos Olímpicos deste ano. Contudo, mesmo com toda manipulação e a falta de investimentos, a delegação brasileira teve um resultado muito positivo e que demonstra a força do povo mesmo na adversidade.
O esporte nacional precisa estar sob controle popular e deve ser financiado totalmente pelo Estado brasileiro.