Caros leitores, há alguns dias uma pessoa de intelecto notável me explicou que as corujas são o símbolo da sabedoria por serem um animal que enxerga no escuro. Ora, não precisamos ser corujas para deflagrar o golpe que paira sobre a nossa irmã Venezuela, é clara a artimanha do poder imperial, digna dos piores filmes de mocinhos e bandidos hollywoodianos, a tentativa de deslegitimar o processo eleitoral que deu vitória ao presidente reeleito Nicolás Maduro, na República Bolivariana da Venezuela, por mais de milhão de votos de diferença para a trupe fantasiada de democrática, serviçal do capital gringo.
É lamentável que após tantas ditaduras militares e tantos golpes de Estado fomentados pelo Tio Sam, Inglaterra e toda corja sionista que domina o mundo secularmente, vejamos a diplomacia brasileira tergiversar sobre a legitimidade das eleições venezuelanas. É anunciado mesmo antes do processo eleitoral recente, que as forças que detém o poder de oprimir a liberdade dos povos, querem derrubar de forma abrupta o regime Chavismo que não instaurou o socialismo na Venezuela, devido e muito aos embargos dos poderosos geopolíticos que fazem sangram países desobedientes como Cuba, Nicarágua, Irã e outros mais, mas ao menos, a Venezuela não se curva a nossos opressores mantendo a honra de lutar pela dignidade humana.
Na Grécia Antiga, sofistas eram os pensadores que vendiam argumentos na Praça Pública, sem nenhuma moralidade, resgato este conceito para chamar o imperialismo de sofista, para essa força assassina de povos quando lhes convém os democráticos são ditadores e vice e versa. A única devoção do imperialismo é o capital. Ou seja, sofista é quem se melhor pago defende o Inter e o Grêmio com o mesmo entusiasmo, desde que um ou outro lhe pague mais. Exemplos como o de Pinochet ou Saddam Hussein materializam meu argumento, justiceiros do imperialismo e outrora justiçados pelo mesmo imperialismo que lhes concedeu poder.
No decorrer da história dos Estados Unidos da América, seu governo interveio em diversos países por vários motivos. A intervenção militar, econômica e cultural em outras nações, não é exceção e sim uma regra nos países que não se submetem aos desígnios do país da América do Norte.
Apenas na última década, os Estados Unidos agenciaram pelo menos uma dezena de golpes de Estados, alguns exemplos são o Brasil, Honduras, Líbia, Paraguai, Egito, Tailândia, entre outros.
A bola da vez, de novo, é a República Bolivariana da Venezuela. Lembremos que no ano de 2002 os ianques tentaram a derrubada do então Presidente Hugo Chávez, inclusive com o sequestro do líder bolivariano.
Antes da ascensão do Chavismo havia na Venezuela a chamada 4ª República, onde dois grupos controlavam o poder sobre tudo, contra isso houve várias manifestações, uma delas bastante conhecida como o Caracaço (1989). Chávez tentou chegar ao poder no ano de 1992, com um levante militar, sendo preso logo em seguida.
Em liberdade, Chávez tornou-se um grande líder popular para formar uma nova República na Venezuela. Hugo Chávez foi eleito no final de 1998 e assumiu o poder no ano seguinte, portanto, são 20 anos de Chavismo na Venezuela. No primeiro ano de Chavismo ele fez um referendo popular e convocou uma nova Constituinte, que deu origem a 5ª Constituição da Venezuela após sua independência, após muitos anos de luta contra a opressão espanhola.
Nessa ocasião os Estados Unidos saíram derrotados pelo chavismo, mas jamais desistiram de colocar suas garras na soberania nacional do povo venezuelano. O interesse geopolítico dos estado-unidenses tem um nome: petróleo.
Aos Estados Unidos convém derrubar o governo da Venezuela, país com o maior número de reservas de petróleo no planeta, por causa da proximidade geográfica, haja vista, que após saquear o petróleo da Venezuela os Estados Unidos levam 5 dias para transportá-lo ao norte, para transportar o petróleo oriundo do oriente médio são 45 dias. É uma questão de logística básica. Ou alguém que compreenda minimamente história e geopolítica acredita que os EUA estão preocupados com a democracia no mundo?
Não me recordo de uma única vez em que países capitalistas desenvolvidos tenham promovido golpes em países periféricos, sem um pretexto de purpurina. As justificativas são, geralmente, exportação da democracia, defesa de algum grupo minoritário, defesa da paz mundial etc. Qualquer tipo de intervenção de um país rico oprimindo um país pobre, nada mais é do que a prática de imperialismo.
Em todos os casos de intervenção imperialista, a situação dos países invadidos por essa força se agrava com o passar dos tempos. Alguns dos exemplos claros do que afirmei acima são o Iraque, a Líbia, o Kosovo, a Síria, o Iemen. Onde o dedo do Tio Sam trouxe mais desgraças as populações locais.
Denominar de ditadura um país que teve centenas de eleições e chamar de democracia um país como os Estados Unidos que gasta mais em petróleo com seu exército genocida do que com o bem-estar da sua própria população é no mínimo delirante.
Por fim, como um dos 3 milhões de ainda filiados ao PT, expresso meu descontentamento com a postura do Governo Lula 3 ao não tomar uma postura coerente em favor do povo venezuelano comandado por seu líder que resiste.
No golpe contra a Presidente Dilma Rousseff em 2016, a diplomacia e o próprio líder, Nicolás Maduro, denunciaram de forma veemente as patas do imperialismo sobre a autonomia brasileira. E agora? Parece que o Brasil está tomado por uma esquerda hippie que gosta de hitlerianos como Biden e Harris e desabona o chavismo.
Abaixo o golpe na Venezuela, justiçamento aos lesa-pátrias e viva o chavismo.