Somente um ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) votou para que Lula devolva o relógio de luxo recebido como presente em seu primeiro mandato, em 2005. No entanto, o presidente decidiu que irá devolver o relógio, apesar de não ter sido obrigado a fazê-lo. Além disso, Lula pretende recorrer da decisão que o favoreceu.

O julgamento ocorreu na quinta-feira (08), no qual a Corte decidiu que o presidente da República pode permanecer com o presente que ganhou em 2005. O relógio de ouro da marca Cartier é avaliado em R$ 60 mil.

Respinga em joias sauditas de Bolsonaro

O julgamento ocorre em meio ao caso das joias milionárias sauditas recebidas por Jair Bolsonaro, das quais a equipe do ex-presidente tentou omitir ao passar pela Receita Federal na volta da viagem à Arábia Saudita, em 2021, e o órgão chegou a impedi-lo de portar como bem pessoal. Além dessas duas irregularidades, Bolsonaro também tentou vender o presente oficial.

As discussões agora são se a decisão do Tribunal relacionada à Lula pode favorecer o ex-presidente Jair Bolsonaro no caso das joias sauditas, apesar de guardarem diferenças sobre o primeiro ter cometido diversas irregularidades para além da posse em si.

Mesmo a seu favor, Lula deve recorrer da decisão

No entanto, no caso de Lula, o atual presidente decidiu devolver o relógio, mesmo não tendo sido obrigado pelo julgamento do TCU. Lula teria informado sua decisão a ministros e teria se incomodado com a possibilidade de Bolsonaro ter o caso das joias beneficiado por esse julgamento.

Segundo coluna de Igor Gadelha, do Metrópoles, Lula disse a ministros que ligou para o presidente do TCU, Bruno Dantas, para criticar a decisão e dizer que pretendia entregar pessoalmente o relógio ao TCU. E o presidente deve mover a própria Advocacia-Geral da União (AGU) contra a decisão do órgão que havia favorecido Lula.

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Last Update: 09/08/2024