A Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência arquivou um processo contra o ex-ministro da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. A decisão foi tomada no último dia 29 de julho.
Na mesma sessão em que arquivou o processo contra Geddel, a CEP voltou a aplicar punição ao ex-ministro da Educação, Abraham Weintraub. Segundo o órgão, Weintraub, que integrava o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, cometeu infração ética em manifestações nas redes sociais.
O órgão também puniu o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Silvinei Vasquez, ao considerar que ele cometeu infração ética quando, ainda no órgão, manifestou apoio público a Bolsonaro nas eleições de 2022. A CEP também considerou que ele utilizou recursos da PRF para impedir que eleitores votassem no segundo turno do pleito daquele ano.
No caso de Geddel, o processo tramitava no órgão em decorrência da prisão do ex-ministro, ainda em 2017, na Operação Lava Jato. À época, a Polícia Federal (PF) encontrou mais de 50 milhões de reais em espécie no apartamento do ex-ministro, em Salvador (BA).
Ele chegou a ser condenado a 14 anos e 10 meses de prisão por lavagem de dinheiro e associação à organização criminosa. Desde o início de 2022, Geddel cumpre prisão domiciliar.
Criada no final dos anos 1990, a CEP julga casos de natureza ética no âmbito administrativo. Na prática, as punições podem fazer com que os envolvidos fiquem impedidos de assumir cargos na Administração Pública.