O Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de São Paulo, deflagrou, nesta terça-feira 6, uma operação contra uma organização criminosa que atuava na região da Cracolândia, na capital paulista.

O grupo, formado por guardas-civis metropolitanos e policiais militares, é suspeito de vender proteção a comerciantes contra outros criminosos e dependentes químicos que circulam na região.

A ação, apelidada de Operação Salus et Dignitas, busca desarticular o que os promotores chamaram de “ecossistema criminoso” na região, controlada pelo Primeiro Comando da Capital.

A megaoperação contou com a atuação de 1,3 mil agentes, 400 viaturas e um helicóptero.

Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão, 117 buscas e apreensões, e a interdição de 20 hotéis, cortiços e hospedarias, quatro estacionamentos, 15 ferros-velhos e oito lojas do local.

Outros 44 estabelecimentos devem ser emparedados, segundo a decisão da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, que autorizou a ação.

Os investigadores apontam que a organização criminosa, além de impor a cobrança de pagamentos para a segurança dos comerciantes e taxa para a distribuição de drogas, também atuava no comércio de peças de carros e motos, receptação de celulares roubados e venda de armas em uma rede de hotéis, lojas e ferros-velhos.

Também foi detectada uma rede de prostituição nos hotéis e uso de trabalho infantil em uma indústria de reciclagem de propriedade da organização criminosa. Usuários também trabalhavam na produção e eram pagos com drogas.

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Last Update: 06/08/2024