O projeto de lei 2.720/2023 demonstra uma tentativa de proteger uma elite política da crítica pública, criminalizando discriminação contra indivíduos politicamente influentes. Essa proposta reflete a resistência de autoridades em serem responsabilizadas, confundindo vigilância cidadã legítima com preconceito. Isso revela uma tentativa de proteger políticos e servidores públicos de críticas legítimas. 

Surge um viés vitimista no alto escalão, onde críticas são interpretadas como discriminação. A falta de transparência, como no caso das viagens dos ministros do STF, destaca um privilégio injustificável, onde gastos são cobertos publicamente, mas detalhes financeiros são ocultados. A essência do debate reside na necessidade de equilíbrio entre a vigilância necessária sobre autoridades e a salvaguarda do exercício imparcial do poder.  

As Olimpíadas nos mostraram como a máxima da imparcialidade se perde quando até gestos simples são interpretados como parcialidade prejudicial: um dos árbitros da competição foi suspenso após postar uma foto, sorrindo, ao lado de um surfista australiano. A simples confraternização do juiz de surf com um dos competidores bastou para abalar sua credibilidade. Cobrar esse mesmo padrão dos mais altos tribunais é considerado um ato de preconceito.

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Last Update: 05/08/2024