O governo federal anunciou, na sexta-feira (2), a expansão do programa Pé-de-Meia, que agora incluirá estudantes do ensino médio de escolas públicas inscritos no Cadastro Único (CadÚnico) e com renda familiar per capita de até meio salário mínimo.
A expansão do programa, que antes atendia somente estudantes beneficiários do Bolsa Família, agora contemplará cerca de um milhão de novos estudantes, incluindo também alunos da educação de jovens e adultos (EJA).
O anúncio foi realizado em Fortaleza (CE) com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que enfatizou a educação como um investimento essencial para o desenvolvimento social e econômico do país. “Estudar é quase que uma coisa sagrada para um pai e uma mãe.
Para nós, a maior herança que a gente pode deixar para o nosso filho é educá-lo, formá-lo cidadão ou cidadã, dar a ele uma profissão, para que ele possa trabalhar, e pelo seu trabalho, ter um salário digno e decente para cuidar da sua família. Essa é a grande paixão de qualquer pai e qualquer mãe”, declarou o presidente.
O programa Pé-de-Meia oferece aos estudantes um incentivo mensal de R$ 200 e um depósito de R$ 1.000 ao final de cada ano letivo concluído com sucesso, acessíveis após a formatura no ensino médio.
De acordo com o ministro da Educação, Camilo Santana, a iniciativa visa reduzir a taxa de evasão escolar no ensino médio, que atualmente gira em torno de meio milhão de estudantes por ano.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, também destacou o impacto positivo do programa na educação regional, citando o aumento significativo na participação dos estudantes do estado no Enem e no ingresso ao ensino superior.
Os novos beneficiários do Pé-de-Meia começarão a receber o auxílio a partir de agosto deste ano, enquanto os alunos de EJA terão acesso ao benefício a partir de setembro, com o início do semestre letivo.
Com esta medida, o governo espera não apenas incentivar a permanência na escola, mas também facilitar o acesso ao ensino superior para jovens de baixa renda em todo o país.