A situação política na Venezuela está gerando tensões entre os setores da esquerda brasileira. O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, confirmou a vitória de Edmundo González nas eleições venezuelanas, enquanto o Conselho Nacional Eleitoral declarou Nicolás Maduro como o vencedor do último domingo, 28. No entanto, esse resultado é contestado pela oposição liderada por María Corina Machado, Edmundo González e pela comunidade internacional, que exigem a publicação detalhada dos resultados das urnas.
A Plataforma Unitária da Democracia (PUD) afirma que seu candidato obteve 67% dos votos, em comparação com os 30% anunciados para Maduro, com base em 74% das atas das urnas. A pressão internacional persiste para uma recontagem transparente dos votos, que até o momento não ocorreu. Em 30 de junho, a Organização dos Estados Americanos (OEA) anunciou que não reconhece o resultado das eleições, citando indícios de distorção por parte do governo chavista.
Nesse contexto, Nicolás Maduro enfrenta novos desafios, já que sua relação com o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva é destacada. Essa conexão gera controvérsias entre os membros da esquerda brasileira, que demonstram sinais de discordância em relação ao apoio dado por Lula a Maduro diante das questões eleitorais em curso na Venezuela.