O presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez críticas indiretas ao empresário Richard Branson durante um evento no Ceará, ao discutir a importância da preservação ambiental. Sem citar diretamente o bilionário, Lula comentou sobre aqueles que estão “fazendo foguete, tentando procurar lugar para morar” e completou: “Não tem, babaca, é aqui. Aqui na Terra.”
Durante o evento, o presidente Lula sancionou o projeto de lei que institui o marco do hidrogênio verde, destacando a responsabilidade do Brasil em liderar a transição energética global. Ele enfatizou a importância de cobrar créditos de carbono das nações ricas, já que o Brasil possui grandes áreas de floresta a serem preservadas.
“Uma das coisas que a gente vai fazer é cobrar do mundo rico que mandem o crédito de carbono para nós, porque somos nós que temos floresta pra preservar. Eles já queimaram as deles, então ajude o que a gente está fazendo, sequestrando o carbono para o mundo ficar melhor”, afirmou o presidente.
Lula já havia feito comentários semelhantes sobre Branson anteriormente, criticando bilionários que se preocupam mais em “fazer foguete” do que em preservar a Amazônia. Durante seu discurso, ele também criticou o negacionismo climático, destacando que ainda existem pessoas que não acreditam que o desmatamento prejudica o planeta.
Lula volta a alfinetar Richard Branson em evento: “Babaca”.
Ao falar sobre meio ambiente, o presidente Lula criticou quem está “fazendo foguete” em vez de ajudar a tornar o planeta melhor. pic.twitter.com/2aRkDmKRLh
— Metrópoles (@Metropoles) August 2, 2024
O presidente também defendeu a necessidade de investimentos para o desenvolvimento do país. Ele argumentou que, muitas vezes, o governo é criticado por gastar muito em obras, sem considerar o custo de não realizá-las.
“Muitas vezes, na hora em que o governo tem que decidir fazer uma obra, sempre aparece alguém dizendo: ‘Custa muito’. E, por conta desse ‘custa muito’, a gente nunca para pra pensar quanto custa não fazer”, explicou Lula.
Ele citou o programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, como um exemplo de projeto que necessita de recursos públicos. “Se não tiver dinheiro, vamos lá para o Dario [Durigan, secretário-executivo da Fazenda]. Se ele reclamar, vamos forçar. Porque, também, tanto o político, presidente, quanto o Ministério da Fazenda, só trabalham com pressão. Se a gente não pressionar, não sai. Porque é mais fácil dizer ‘não’, é mais fácil dizer ‘não tem'”, concluiu o presidente.