Na quinta-feira (1), o exército de Israel admitiu ter assassinado um jornalista da Al Jazeera em Gaza na última quarta-feira, Khalid al-Ghoul. Os israelenses alegam que o jornalista era um terrorista que participou do ataque do Hamas ao Estado de Israel no ano passado.
Na quarta-feira (31), a Al Jazeera noticiou que dois de seus repórteres, al-Ghoul e seu assistente, Amir al-Rifi, foram mortos em um ataque israelense em Gaza. O seu veículo foi diretamente alvo no campo de refugiados de Shati. Eles cobriam a morte de Ismail Hanié, Shati foi o local onde ele nasceu.
A Al Jazeera afirmou que foi um “assassinato direcionado”, prometendo “tomar todas as medidas legais para processar os responsáveis por esses crimes”.
Embora o exército israelense não tenha respondido inicialmente às acusações da Al Jazeera, emitiu um comunicado na quinta-feira alegando que “atacou e eliminou” al-Ghoul, descrevendo-o como “um agente da ala militar do Hamas e terrorista da unidade naval do Hamas que participou do massacre de 7 de outubro”.
A Al Jazeera negou enfaticamente as alegações “infundadas”, dizendo que o incidente “destaca a longa história de fabricações e falsas evidências usadas por Israel para encobrir seus crimes hediondos”. Também afirmou que os israelenses sequestraram al-Ghoul em março e “o detiveram por um período antes de sua libertação”. Isso “desmente e refuta a falsa alegação de Israel sobre sua afiliação a qualquer organização”.