Rodadas da pesquisa Quaest, divulgadas no mês de julho, mostraram a força da influência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL) nas disputas eleitorais em cinco capitais: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Manaus e Campo Grande. O levantamento foi consolidado pelo G1.
A Quaest perguntou aos eleitores se votariam ou não em um desconhecido que fosse apoiado pelo atual presidente ou pelo ex-mandatário.
Em todas as capitais analisadas, os indicados pelo ex-capitão, neste momento, teriam vantagens.
Em Belo Horizonte, 23% dos eleitores disseram que votariam em um candidato desconhecido apoiado pelo petista, e 31%, em um indicado pelo ex-capitão.
Em Campo Grande, a situação é parecida: 30% dos entrevistados votariam em um candidato pouco popular apoiado por Lula, enquanto outros 34% iriam na indicação de Bolsonaro. Os números mostram um empate técnico dentro da margem de erro da pesquisa.
Em Manaus, 25% votariam em um desconhecido apoiado por Lula e 34%, em um indicado por Bolsonaro.
Já no Rio de Janeiro, 23% votariam em um candidato indicado pelo atual presidente, e 27% em um indicado pelo ex-capitão, também um empate técnico.
Em São Paulo, a influência de Bolsonaro tem menor peso. Na capital paulista, 29% dos eleitores apontaram votar em um desconhecido indicado por Lula e 20% em um nome indicado pelo ex-militar.
Levando em consideração um histórico entre pesquisas semelhantes feitas pela Quaest, o poder de influência, tanto de Lula, quanto de Bolsonaro, caíram em Manaus e São Paulo e mantiveram a estabilidade no Rio de Janeiro.
Em São Paulo, os percentuais dos que não votariam em um desconhecido apoiado por Lula subiram de 53% para 66%; e de Bolsonaro, de 63% para 75%.
Em Manaus, o percentual dos que não votariam em um candidato desconhecido apoiado por Lula subiu de 60% para 72%, e dos que não votariam em um desconhecido indicado por Bolsonaro subiu de 47% para 63%.
No Rio de Janeiro, os percentuais de eleitores que rejeitam votar em um desconhecido apoiado por Lula ou Bolsonaro ficaram estáveis, oscilando negativamente, dentro da margem de erro, respectivamente de 79% para 75% e de 75% para 71%.
São Paulo
Na capital paulista, a influência de Lula é maior do que a de Bolsonaro. Com o apoio petista, o pré-candidato Guilherme Boulos (PSOL) oscila positivamente de 23% para 28% das intenções de voto.
Do outro lado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) faz o mesmo movimento, de 25% para 26% das intenções, com o apoio do ex-capitão.
Rio de Janeiro
Na capital fluminense, o apoio de Lula faz o prefeito Eduardo Paes (MDB), que lidera a corrida com 49% na pesquisa geral, oscilar negativamente, de 52% para 46%.
Já o apoio de Bolsonaro aumenta de 14% para 30% as intenções de voto no deputado federal Delegado Ramagem (PL), aliado do ex-presidente.
Belo Horizonte
Na capital mineira, Bolsonaro tem um a influência maior que Lula e equivalente à do governador Romeu Zema (Novo).
No levantamento anterior, não foram divulgados dados da mesma pergunta.
No levantamento geral, o apresentador Mauro Tramonte (Republicanos) lidera com 25% das intenções de voto.
Campo Grande
Em Campo Grande, a influência de Lula e Bolsonaro se equivalem. No levantamento anterior, não foram divulgados dados da mesma pergunta.
No levantamento geral, a ex-deputada federal Rose Modesto (União) lidera com 34% das intenções de voto.
Manaus
Na capital amazônica, Bolsonaro tem uma influência maior que Lula.
No levantamento anterior, não foram divulgados dados da mesma pergunta.
Sobre a pesquisa
- Em São Paulo, foram ouvidos 1.002 eleitores entre 25 e 28 de julho, com margem de erro de 3 pontos percentuais para mais ou para menos;
- No Rio, foram ouvidos 1.104 eleitores entre 19 e 22 de julho, com margem de erro é de 3 pontos;
- Em Belo Horizonte, foram ouvidos 1,2 mil eleitores de 10 a 14 de julho, com margem de erro de 3 pontos;
- Em Campo Grande, foram ouvidos 804 eleitores de 24 a 27 de julho, com margem de erro de 3 pontos;
- Em Manaus, foram ouvidos 1.002 eleitores entre 24 e 27 de julho, com margem de erro é de 3,1 pontos.
A pesquisa tem margem de erro de 3,1 pontos percentuais.