O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), se reuniu com os diretores da estatal que controla o Metrô de São Paulo para tentar angariar apoio ao projeto de privatização das linhas que ainda estão sob gestão do Estado.
De acordo com informações públicas, a estratégia de Tarcísio é antecipar e conduzir a narrativa do processo de venda das linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha.
O projeto inicial do governo paulista é conceder a linha 1-Azul à iniciativa privada. Em seguida, serão vendidas as linhas 2-Verde e 3-Vermelha.
Vale lembrar que, após vender a maior empresa de saneamento da América Latina, o governo prevê realizar o leilão de concessão das linhas 11, 12 e 13 da CPTM até dezembro deste ano. E, segundo suas declarações, o governador projeta o leilão da Linha 1 Azul para 2025.
Privatiza que melhora, #SQN
Quem nunca se deparou com esse jargão liberal para solucionar o problema dos serviços públicos? A experiência mostra que onde os serviços públicos foram privatizados, o serviço piorou e a tarifa aumentou. Isso ocorre com a energia, água e o transporte em qualquer lugar do mundo.
Exemplo disso são os sucessivos problemas que prejudicam e colocam perigo os usuários das linhas 8 Diamante e 9 Esmeralda, gestados pela empresa ViaMobilidade – empresa que explora o serviço. Desde que assumiu a gestão da duas linhas, a população sofre com os descarrilamentos, panes, atrasos, falhas – uma rotina de transtorno para os passageiros.
Após diversas denúncias e ações do Sindicato do Metroviários de São Paulo, as Promotorias de Justiça do Patrimônio Público e do Consumidor firmou Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que obriga a ViaMobilidade indenizar, em R$ 150 milhões, o Estado por danos materiais e morais coletivos.
O Sintaema se soma à luta dos metroviários e metroviárias de São Paulo, afinal a verdadeira batalha em defesa da qualidade de vida e de uma São Paulo mais humana e menos desigual passa pela manutenção e fortalecimento dos serviços públicos.
“O momento é de unidade e de fortalecimento da luta política contra as privatizações. E expor e denunciar cada expressão da destruição do Metrô e da relação parasita que o Grupo CCR e demais empresas privadas estabelecem com os recursos públicos torna-se fundamental para nossa cidade e para o bem-estar do nosso povo”, defende a direção do Sindicato.
Juntos contra a privatização!