Muito se questionou sobre como a agitação política nos Estados Unidos poderia afetar os diversos confrontos e interesses internacionais, mas os recentes assassinatos de líderes do Hezbollah e do Hamas aprofundaram o receio de um confronto em larga escala no Oriente Médio – coisa os EUA podem ter pouca capacidade de evitar ou de conter.

Analistas destacam declaração do Secretário de Estado, Antony J. Blinken, de que os EUA não estavam envolvidos, sequer informados, sobre a operação realizada em Teerã, e que o governo iraniano atribuiu a Israel.

Para eles, a fala de Blinken apontou um “perigoso vácuo de poder na região”, e que “ninguém contava com um aliado americano (Israel) tirando vantagem do período eleitoral nos Estados Unidos.

Em um primeiro momento, os assassinatos consecutivos do comandante do Hezbollah, Fuad Shukr, e do líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, podem sinalizar a futilidade dos esforços diplomáticos do governo de Joe Biden.

Embora os EUA tenham agido nos bastidores para evitar que Teerã realizasse um ataque em represália a Israel após ataque de jatos israelenses em reunião de generais iranianos realizada na Síria, a morte do líder político do Hamas durante a posse do novo presidente do Irã indica que as ações americanas contaram pouco. Tanto que o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, rapidamente culpou Israel e prometeu “punição severa”.

O assunto poderia preocupar os aliados europeus, mas a ascensão dos partidos populistas já tem tomado a atenção de autoridades na França e na Alemanha, enquanto o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, se afastou dos EUA na forma como age com Israel.

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Última Atualização: 01/08/2024