No último dia 29, segunda-feira, foi ao ar pela Causa Operária TV, o programa Na Zona do Agrião. Comandado pelos apresentadores João Silva e Luís Costa, a atração tem como tema o futebol, com o início dos jogos olímpicos, outras modalidades esportivas foram tema de debates nesta última edição.

Porém, o que permanece é a análise crítica dos acontecimentos e a denúncia da política imperialista, que assim como no futebol, interfere em outros esportes e fica evidente em uma competição como as Olimpíadas.

O futebol brasileiro, para que não predomine no mundo inteiro e acabe com o futebol europeu, precisa ser sistematicamente atacado por todos os lados pelo imperialismo. 

Nas Olimpíadas, o destaque dos brasileiros em modalidades como o skate, o surfe e a ginástica artística, mostra o potencial dos nossos esportistas, que com muito menos estrutura, enfrenta atletas bem preparados vindos de países imperialistas. 

“O Brasil é um país atrasado que mostra que tem muito potencial. E os nossos atletas conseguem boas atuações, apesar da total e completa falta de investimento no esporte aqui no país. Ou seja, eles vão lá na raça.” comentou João.

A imprensa capitalista nacional, sempre em defesa da política imperialista, ao invés de denunciar o descaso com os esportes, termina por fazer sensacionalismo com as dificuldades que muitos atletas e suas famílias são submetidas para se manter praticando o esporte.

“A [nome da ginasta], por exemplo, que é a nossa ginasta, recebeu ouro e prata nas últimas Olimpíadas” explica Luís, tendo como referência a ginasta que vem de uma família pobre e consequentemente enfrentou enormes dificuldades para participar e vencer competições deste nível, “eles vão lá e mostram, olha que história de superação. Superação é o caramba.Tem que dar estrutura pra molecada treinar”. 

“Tem que parar com essa demagogia de história de superação. É muito bonito aí pra vocês ficarem vendendo matéria, ganhando cliques e tal.” “Então [nome da ginasta], por exemplo, que é uma atleta extraordinária, poderia ser melhor ainda, se tivesse a estrutura pra ela.” concluiu o apresentador sobre o trabalho da imprensa burguesa em servir aos propósitos imperialistas para os países atrasados.

Assim como no futebol, os países imperialistas procuram ter predominância nas demais modalidades esportivas e impedir o progresso dos países atrasados, as Olimpíadas, mostra claramente essa política.

“O pessoal não entende quando a gente fala do futebol, porque o Brasil sofre ataque, que o futebol brasileiro vem sendo sabotado, que eles querem destruir, finalmente”, explica Luís, “Aí o pessoal pega aqui a tabela de medalha das Olimpíadas, só vai aparecer os países imperialistas”.

Porém, alguns países atrasados acabam por se desenvolver nos esportes e impedir a total hegemonia dos países imperialistas. Aqueles que passaram pelo processo revolucionário, acabam se tornando ameaças maiores.

“Quais são os países que atrapalham o negócio? Você vai ter a China, que é um país muito grande também. A Rússia, o Brasil, e Cuba” comentou Luís, “você pode ver como a revolução socialista é um fator de progresso absoluto quando, por exemplo, na época da União Soviética. A União Soviética era uma das grandes forças do futebol. Nunca foi campeã do mundo, mas já foi campeão Olímpico e sempre atrapalhou bastante todos os times que enfrentava.” concluiu João.

Outra denúncia da política imperialista nos jogos olímpicos se dá pelo fato da presença da delegação israelense no evento que se diz promover a paz entre os povos, enquanto impede os russos de participar da competição.

“Enquanto os russos são punidos, não podem participar dos eventos esportivos porque está se defendendo da agressão imperialista na Ucrânia, Israel, que está promovendo uma chacina, um genocídio, pode participar sem nenhum problema. Israel, inclusive, a delegação foi totalmente repudiada quando chegou lá na França” informou o apresentador João, mostrando que o imperialismo, além de hipócrita, tem a sua política rejeitada pela população.

Algo que não poderia faltar quando se fala atualmente em política imperialista é o identitarismo, a falsa defesa dos oprimidos que termina por fragmentar a luta e fortalecer a extrema direita, esteve presente na abertura das Olimpíadas e foi amplamente comentada por [nome do analista] na última Análise Política da Semana, que foi ao ar pela Causa Operária TV no último sábado, 27.

“Botaram um sionista gay para fazer a abertura, que foi uma escatologia completa” constatou João sobre a abertura das Olimpíadas.

Para ver a última edição do Na Zona do Agrião, acesse:

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Última Atualização: 01/08/2024