Ex-tenente-coronel do Serviço de Segurança da Ucrânia, Vasily Prozorov, em entrevista à Sputnik, relatou um aumento significativo na saída de combatentes estrangeiros das Forças Armadas da Ucrânia.
De acordo com Prozorov, esses combatentes estão deixando as forças armadas e criticando abertamente as condições de serviço.
Ele destacou que, diferentemente dos militares ucranianos, sujeitos a uma mobilização por tempo indefinido, os combatentes estrangeiros têm contratos iniciais de apenas seis meses, com a opção de rescisão a qualquer momento.
“Os militares ucranianos, quando se juntam ao Exército, são como prisioneiros até o fim ou até a morte. Por sua vez, um estrangeiro tem o direito de rescindir o contrato e ir embora”, disse Prozorov.
O ex-oficial também mencionou que existem diversos vídeos circulando na internet, nos quais combatentes estrangeiros expressam seu descontentamento após períodos curtos de serviço, descrevendo as condições como extremamente adversas.
Prozorov acrescentou que muitos desses combatentes criticam a liderança ucraniana por falhas de pagamento e por colocá-los em situações de combate arriscadas e desnecessárias.
Essas críticas, segundo Prozorov, têm impactado negativamente a imagem do Exército ucraniano e da própria Ucrânia, desencorajando potenciais novos combatentes de se juntarem às forças combatentes.