O senador chileno Felipe Kast, do partido Evópoli, declarou no seu perfil no X que a delegação oficial do Senado chileno foi expulsa da Venezuela por “não atender ao perfil de entrada” no país.
“Estão nos deportando. Simplesmente porque nos dizem que não cumprimos as condições, o perfil de entrada no país. Não tem nem documento, é totalmente arbitrário”, disse Kast.
Felipe Kast acrescentou: “Espero que no domingo tenhamos uma tremenda vitória para recuperar a democracia e acabar com este tipo de injustiça e arbitrariedade que se sofre aqui na Venezuela”.
A delegação oficial do Senado de Chile nos acaba de deportar da Venezuela. O medo de Maduro a perder o poder é o melhor sintoma de que este domingo Edmundo González, @MariaCorinaYA e o Povo da Venezuela vão recuperar sua democracia e liberdade pic.twitter.com/qtyHuHV7Jc
— Felipe Kast (@felipekast) July 26, 2024
O Ministério das Relações Exteriores do Chile se manifestou contra o caso e afirmou que entregou ao embaixador venezuelano no Chile, Arévalo Méndez, uma nota de protesto.
A semana que antecede o pleito foi marcada por atritos entre Nicolás Maduro, que busca seu terceiro mandato, e lideranças políticas sul-americanas, incluindo Lula. As divergências ganharam força quando o chavista declarou, em um comício, que haveria um “banho de sangue” em caso de vitória do candidato oposicionista Edmundo González.
O assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, desembarcou no início da noite desta sexta-feira 26 em Caracas, onde acompanhará a eleição presidencial da Venezuela, marcada para o domingo 28.
“Queremos contribuir para uma solução que permita, em resumo, que as eleições sejam corretas”, disse Amorim. “Isso não depende de nós, mas a presença tem um significado simbólico do interesse do Brasil – não por interferir nos negócios da Venezuela, mas por trazer a Venezuela de volta à integração sul-americana.”
Além dos chilenos, deputados do partido da direita espanhola também afirmaram que foram expulsos do país. O grupo do Partido Popular barrado no aeroporto era formado por 10 deputados, senadores e integrantes do Parlamento Europeu, segundo o líder da legenda, Alberto Núñez Feijóo.
Pouco depois, o porta-voz parlamentar do PP, Miguel Tellado, membro da delegação, relatou em um vídeo que os parlamentares foram expulsos da Venezuela.
Fontes do Ministério de Relações Exteriores disseram à agência AFP que o PP já havia sido avisado de que as autoridades venezuelanas negaram seu pedido para observar as eleições.