O Reino Unido não vai intervir no pedido de prisão efetuado pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, segundo o gabinete do primeiro-ministro britânico Keir Starmer.

“Esta foi uma proposta do governo anterior que não foi apresentada antes da eleição, e que posso confirmar que o governo não dará continuidade, de acordo com nossa posição de longa data de que esta é uma questão para o tribunal decidir”, afirmou um porta-voz do primeiro-ministro.

O anúncio reverte os planos traçados pelo ex-primeiro-ministro Rishi Sunak, derrotado em sua tentativa de reeleição pelo Partido Trabalhista, e também coloca o governo Starmer em desacordo com os Estados Unidos, embora o gabinete britânico tenha afirmado que sua decisão foi baseada “em uma forte crença na separação de poderes e no Estado de direito nacional e internacionalmente”.

O promotor Karim Khan acusou Netanyahu, o ministro da Defesa Yoav Gallant e três líderes do Hamas — Yehya Sinwar, Mohammed Deif e Ismail Haniyeh — de crimes de guerra e crimes contra a humanidade na Faixa de Gaza e em Israel, em uma decisão que aumentou o isolamento israelense em relação aos confrontos.

Essa decisão foi condenada não só por Netanyahu e outras autoridades israelenses, como também foi alvo de críticas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e pelo próprio Sunak, que afirmaram que Israel tem direito de se defender contra o Hamas.

Embora os mandados de prisão contra Netanyahu e Gallant sejam emitidos, eles não enfrentam um risco de processo imediato – mas sua capacidade de viajar pode ser diretamente comprometida.

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Última Atualização: 26/07/2024