O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e seu principal adversário na eleição presidencial do próximo domingo 28, Edmundo González Urrutia, encerram nesta quinta-feira 25 suas campanhas, em meio a advertências de Maduro sobre “um banho de sangue” caso a oposição vença a disputa.
Empunhando um sabre do herói Simón Bolívar, Maduro liderou um ato em Maracaibo, a capital do estado petroleiro de Zulia. Ele encerrará o dia em Caracas e prometeu “tomá-la de ponta a ponta”.
González, por sua vez, fecha sua campanha com uma concentração no bairro de classe alta Las Mercedes, também na capital venezuelana.
“Não viemos para perseguir ninguém”, disse o opositor em uma entrevista a correspondentes estrangeiros.
Em uma mensagem gravada no palácio presidencial de Miraflores, Maduro pediu um “voto de confiança” dos indecisos: “Para aqueles que alguma vez se opuseram a nós, apelo à sua razão benevolente, ao seu bom senso e patriotismo”.
Outros oito candidatos participam da eleição, sem chances concretas de vitória.
A corrida presidencial na Venezuela interessa de perto ao conjunto dos países sul-americanos. O assessor especial do presidente Lula para assuntos internacionais, o ex-chanceler Celso Amorim, mantém o plano de viajar a Caracas na tarde desta sexta, mas não descarta mudanças na programação.
Esta semana foi marcada por atritos entre Maduro, que busca seu terceiro mandato, e lideranças políticas do continente, incluindo Lula. O chavista também questionou a lisura do sistema eletrônico de votação no Brasil, o que levou o Tribunal Superior Eleitoral a desistir de enviar observadores à capital da Venezuela.
(Com informações da AFP)