O Ministério da Saúde confirmou, nesta quinta-feira 25, duas mortes por febre oropouche no Brasil, os primeiros registros na literatura científica mundial pela doença, de acordo com a pasta.
Os óbitos confirmados são de duas mulheres do interior da Bahia, com menos de 30 anos, que não tinham comorbidades. Segundo o ministério, ambas apresentaram sintomas semelhantes aos de um quadro grave de dengue.
A pasta ainda apura outra morte em Santa Catarina que pode ter relação com a doença. Um caso no Maranhão foi descartado.
Também estão sob análise seis casos de transmissão vertical, em que a grávida transmite a infecção para o bebê. Dois ocorreram em Pernambuco, onde as crianças morreram, um na Bahia e dois no Acre. Há ainda um registro de aborto espontâneo.
Em outros três casos, houve a apresentação de anomalias congênitas, como a microcefalia. Segundo o ministério, a análise das secretarias estaduais de Saúde, com o acompanhamento do governo, busca concluir se há relação entre a febre oropouche e os casos de malformação ou abortamento.
O Ministério da Saúde também mantém o estudo de casos e possíveis mortes por oropouche por meio da Sala Nacional de Arboviroses. Em 2024, foram registrados 7.236 casos, em 20 estados brasileiros.