O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) louvou a relação do Brasil com a China, mas declarou que não deseja entrar em conflito com os Estados Unidos para estabelecer uma relação com o país asiático. Segundo Lula, o Brasil também não planeja ofender a China para “estar junto” com os EUA.
“Não há alternativa para um país do tamanho do Brasil, que não seja a pluralidade nas suas relações com todo mundo. Nós não queremos entrar em conflito com os Estados Unidos para estar junto com a China. Nós não queremos entrar em conflito com a China para estar junto com os Estados Unidos”, disse.
As declarações de Lula foram feitas em entrevista no Palácio da Alvorada para agências internacionais. A íntegra da conversa com jornalistas foi divulgada pelo Planalto na noite da segunda-feira.
Lula reforçou a importância da economia chinesa e afirmou que o país é um parceiro essencial na luta para o crescimento econômico do Brasil. A China é um parceiro comercial fundamental do país desde 2009.
O presidente da China, Xi Jinping, planeja visitar o Brasil em novembro para uma visita de Estado. Lula prometeu “uma grande festa” para receber o homólogo chinês.
Apesar disso, o presidente ressaltou a pluralidade das relações internacionais brasileiras. “Nós queremos ter relação com a China, com os Estados Unidos, com a Alemanha, queremos ter aliança na América do Sul, porque esse é o papel de um país do tamanho do Brasil”, afirmou.
A expectativa é que o encontro entre as lideranças seja às vésperas da cúpula do G20, que vai ocorrer no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19 de novembro.
O Brasil é o principal parceiro comercial da China desde 2009.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu uma “grande festa” para receber o presidente da China, Xi Jinping, em novembro.