A CTB, juntamente com as centrais sindicais, convocou manifestação nacional contra os juros altos, no dia 30 de julho, a partir das 10h, em frente ao Banco Central, na Avenida Paulista nº 1804, em São Paulo.

De acordo com a direção da CTB, a ação ocorrerá também nos estados onde o órgão possui representação regional e na porta da sede do BC em Brasília.

A luta contra os juros altos é uma questão essencial hoje para a classe trabalhadora, os setores produtivos e a ampla maioria da nação brasileira, em que pese o fato do nosso povo não ter plena consciência da abrangência e consequências da política monetária.

A mídia neoliberal, banqueiros e rentistas estão mais uma vez pressionando o governo para realizar cortes profundos nos investimentos sociais, restringindo as despesas com a seguridade social. A pretexto de controlar o déficit público, promovem uma gritaria histérica contra “a gastança” do Estado, temperada com uma frenética especulação contra o real no mercado de câmbio.

Maioria concorda com Lula

Pesquisa realizada pela Quaest, publicada no dia 10 de julho, mostra que 66% dos brasileiros concordam com as críticas de Lula à política de juros do Banco Central.

O presidente da República tem defendido que o Brasil não pode continuar com a taxa de juros proibitiva de investimento no setor produtivo. Então, é preciso baixar a taxa de juros compatível à inflação, que está totalmente controlada. Agora fica-se inventando o discurso de inflação do futuro, o que vai acontecer. Vamos trabalhar em cima do real.

Menos juros, mais empregos

Estudo do DIEESE mostra que a taxa de juros alta é péssima para o desenvolvimento econômico, o que, por consequência, prejudica a geração de emprego e prejudica a população brasileira, em especial as camadas de mais baixa renda. É a classe trabalhadora que sofre pagando juros altos em financiamentos, cartão de crédito e todas as demais operações financeiras.

Mas, o que você tem a ver com a taxa de juros?

1 – Ela aumenta as dívidas dos brasileiros

Quem tem dívidas a pagar é penalizado com o abuso de cobrança de juros, já que a Selic é a taxa de referência para o sistema financeiro. Ou seja, quanto mais alta a taxa definida pelo Banco Central, mais as instituições financeiras aumentarão os juros praticados em linhas de crédito, como financiamentos, empréstimos, cartão de crédito, até mesmo as prestações da casa própria.

2 – Endividamento

Com taxas tão abusivas – uma das mais altas do mundo – o Brasil bateu recorde, em 2022, de brasileiros endividados. Isso porque, os brasileiros não estão conseguindo pagar suas contas e continuarão tendo dificuldades caso a taxa não baixe.

Ou seja, isso gera menos dinheiro para o consumo, menos produção e menos empregos.

3 – A renegociação das dívidas tornam-se impraticáveis

Com juros altos, a possibilidade de negociação e o parcelamento de dívidas tornam-se impossíveis. Não esqueçamos que a grande maioria da população perdeu, nos governos Michel Temer e Jair Bolsonaro, o poder de compra graças ao fim da política de valorização do salário, entre muitos outros ataques. Com a renda apertada para o orçamento doméstico o que sobra para esse trabalhador e trabalhadora é garantir apenas suas necessidades básicas, como moradia e alimentação, por exemplo.

4 – Desemprego

Juros altos geram desemprego. Como já citado, se não há emprego, quando não há renda e sem renda, o trabalhador deixa de comprar, com isso a produção para e os cortes de postos de trabalho explodem.

Desta forma a economia não roda e o país acaba caminhando para a recessão.

Sintaema na luta contra os juros altos!

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Última Atualização: 22/07/2024